Com o lançamento das negociações dos ETFs spot de Ethereum previsto para 23 de julho, o foco do mercado de criptomoedas se volta para a Solana, com as gestoras de ativos VanEck e 21Shares apresentando pedidos para fundos da altcoin.
No entanto, Ryan Lee, analista-chefe da Bitget Research, acredita que a aplicação inconsistente do teste de Howey pela SEC gera incertezas sobre a classificação da Solana como um security, o que seria um dos principais impedimentos para a aprovação de um ETF.
Em 2023, a SEC apresentou ações judiciais contra exchanges de criptomoedas como Binance.US e Coinbase, acusando-as de negociar ativos classificados como títulos, incluindo a SOL.
A Solana Foundation contestou essa classificação, defendendo que a altcoin não é um security.
Também é válido mencionar a centralização da Solana.
De acordo com um relatório da Messari, cerca de 50% dos tokens SOL estão nas mãos de capitalistas de risco e desenvolvedores.
Além disso, a rede opera com 1.525 nodes, um número inferior ao do Ethereum, que possui cerca de 3.730 nodes.
Os altos requisitos de hardware para executar um node de validação em Solana criam barreiras de entrada, restringindo a participação e aumentando a centralização.
Nate Geraci, cofundador do ETF Institute, também expressou ceticismo quanto à aprovação de um ETF spot da criptomoeda sem a existência de contratos futuros.
Apesar dos desafios, Eric Balchunas, analista sênior de ETFs na Bloomberg, acredita que a possibilidade de um ETF de SOL é real. Com a crescente adoção de altcoins por investidores institucionais — cerca de 15% dos investidores pesquisados pela CoinShares tinham investido em Solana — o cenário pode mudar rapidamente.
