2021 marcou uma revolução na forma como vemos moedas digitais. Imagine um cenário em que o Bitcoin valia $68.000, El Salvador adotava a criptomoeda e imagens com macacos animados tinham preço milionário. Não menos surpreendente foi a valorização da Dogecoin (DOGE), chegando a $88 bilhões.
Em paralelo a esses feitos, surgiu a ideia de um universo totalmente digital, o “metaverso”, uma plataforma onde a interação e o trabalho seriam reinventados, tudo isso apoiado na tecnologia blockchain. Porém, a empolgação inicial desvaneceu-se rapidamente. Os dados do Google mostram isso, com uma diminuição drástica de 92% na busca pelo termo “metaverso”.
Ao mesmo tempo, o Web3, que muitos acreditavam ser o próximo grande marco do universo digital, enfrentou obstáculos. A promessa de uma revolução digital parece estar distante.
Pesquisas de YouGov e Consensys revelam um descompasso: embora a grande maioria das pessoas conheça moedas digitais, somente uma pequena fração compreende verdadeiramente o que é Web3. A constante mudança de definição e propósito torna difícil para muitos entender sua verdadeira natureza.
Por outro lado, o potencial da Web3 é evidente. Muitos veem potenciais soluções para dilemas modernos. Dados mostram que 79% das pessoas querem mais domínio sobre sua identidade digital, 83% dão valor à privacidade de suas informações e 67% acreditam na propriedade de suas criações digitais. Mas, mesmo com esse claro interesse, o caminho para que a Web3 atenda a essas expectativas é incerto.
Para completar, a volatilidade do mercado de tokens mostra um cenário imprevisível. Mesmo com o claro interesse nas possibilidades da Web3, a confiança e a certeza de seu sucesso permanecem uma questão em aberto.