A Argentina, sob a liderança do recém-eleito presidente Javier Milei, decidiu recusar o convite para integrar o grupo BRICS. Diana Mondino, escolhida por Milei como Ministra de Relações Exteriores em seu governo, expressou dúvidas sobre o verdadeiro valor do bloco durante uma coletiva de imprensa em Buenos Aires.
Ao ser questionada sobre a razão por trás da decisão, Mondino destacou a presença de países como China e Brasil, importantes parceiros comerciais da Argentina, no BRICS. A ministra questionou se a adesão traria benefícios consideráveis, dada a já estreita relação econômica com membros do bloco.
O novo presidente, que assumirá oficialmente em 10 de dezembro, demonstra ser um apoiador fervoroso dos Estados Unidos, alinhando os interesses argentinos com os do país norte-americano.
Vale ressaltar que os países do BRICS têm buscado reduzir a dependência do dólar dos EUA, perseguindo a desdolarização. A postura de Milei em discordar dessa visão está ligada à sua promessa de campanha de fazer a moeda dos Estados Unidos curso legal no país.
Além disso, o presidente eleito já criticou a China, chegando a ameaçar romper os laços diplomáticos com o país, alegando não ter interesse em fazer negócios com regimes comunistas. Da mesma forma, o governo brasileiro de Luiz Inácio Lula da Silva foi alvo de críticas por sua proximidade com o país asiático.