A Ásia continua a solidificar sua posição como o centro global de adoção de criptomoedas, de acordo com vários estudos e índices. O Índice Global de Adoção de Criptomoedas de 2024 destaca que o continente não apenas responde pela maioria dos usuários globais de cripto, mas também lidera em vários indicadores-chave de adoção. Notavelmente, a Ásia concentra 60% da base mundial de usuários de criptomoedas, evidenciando sua dominância nesse setor em rápida evolução.
Um relatório conjunto da Foresight Ventures, uma firma de capital de risco focada em cripto, e da Primitive Ventures, uma empresa de investimentos de vanguarda, reforça a liderança da Ásia no setor.
Intitulado “GTM in Asia”, o estudo explora como a região se tornou o epicentro das atividades globais em criptomoedas. As descobertas revelam que a Ásia não apenas abriga a maior concentração de indivíduos familiarizados com cripto, mas também contribui significativamente para a liquidez global no mercado de criptomoedas.
A proeminência da Ásia no universo das criptomoedas é refletida na representação de seus países nos rankings globais. Índia, Indonésia e Vietnã aparecem com destaque entre os dez principais países com o maior número de usuários de criptomoedas.
Ao todo, nove dos 20 principais países no Índice Global de Adoção de Criptomoedas de 2024 da Chainalysis são asiáticos, com a Indonésia emergindo como um jogador-chave. Durante o período de julho de 2023 a junho de 2024, a Indonésia processou US$ 157,1 bilhões em ativos digitais, posicionando-se como líder na economia cripto do Sudeste Asiático.
As exchanges centralizadas têm desempenhado um papel crucial na impulsão da adoção de criptomoedas em todo o continente. Plataformas como Binance e Upbit dominam o mercado asiático, representando 37,1% do tráfego global de negociações em cripto.
Essas exchanges desempenham um papel essencial ao facilitar negociações e investimentos, destacando a dependência dos usuários asiáticos nesses sistemas para acessar ativos digitais. Enquanto isso, a diversidade socioeconômica da região Ásia–Pacífico alimenta comportamentos especulativos, como o farming de airdrops e negociações baseadas em memes, criando um ambiente de mercado dinâmico e propício para produtos cripto personalizados.
Apesar de enfrentar ambientes regulatórios rigorosos, a China permanece um jogador significativo no mundo cripto. Os cidadãos do país participam ativamente de mercados de balcão (OTC) e plataformas de finanças descentralizadas (DeFi). Hong Kong surgiu como um importante portal para os entusiastas chineses de cripto, permitindo que a comunidade permaneça resiliente mesmo sob forte escrutínio.
Em contraste, as regulamentações amigáveis de Singapura posicionaram o país como um hub global de inovação. Com uma alta taxa de posse de criptomoedas de 24,4%, Singapura atrai plataformas importantes como Gemini e OKX, reforçando sua reputação como um centro próspero para atividades com ativos digitais.
A contribuição do Vietnã para o cenário global de criptomoedas é igualmente notável. Reconhecido por seus avanços em GameFi e educação em blockchain, o Vietnã desenvolveu um ecossistema robusto para inovação em ativos digitais.
A Associação Blockchain do Vietnã, juntamente com projetos bem-sucedidos como Axie Infinity, desempenhou um papel fundamental na promoção da educação e da adoção, aumentando ainda mais o status do país como uma estrela em ascensão no domínio das criptomoedas.
Os fluxos comerciais e de capital interconectados da Ásia fortalecem ainda mais sua conectividade global, com a região facilitando 57% do comércio intra-regional e recebendo 55% dos influxos de investimento estrangeiro direto. Essa integração econômica destaca o papel crítico da Ásia na moldagem do futuro do mercado global de criptomoedas, garantindo sua continua dominância no setor.