A SWIFT, cooperativa global que domina as comunicações financeiras interbancárias, concluiu com sucesso a segunda fase de testes para Moedas Digitais de Bancos Centrais (CBDCs).
O experimento, finalizado em 25 de março, durou seis meses e se concentrou em tecnologias como DLT (Registro Distribuído) e contratos inteligentes.
A grande novidade é que a solução proposta pela SWIFT não cria uma nova moeda digital, mas sim um “conector” capaz de interligar as redes CBDC existentes. Essa tecnologia utiliza DLT e contratos inteligentes para garantir a precisão e consistência dos registros de transações, possibilitando diversas aplicações no futuro.
Os testes realizados pela SWIFT focaram em áreas tradicionais do mercado financeiro, como pagamentos comerciais, câmbio e mecanismos de otimização de liquidez. O experimento envolveu múltiplas redes DLT, como Hyperledger Besu, R3 Corda e Hyperledger Fabric, demonstrando a interoperabilidade da solução.
Um dos destaques da iniciativa foi a introdução de “liquidações atômicas” e “swaps”. Esses mecanismos permitem a troca instantânea de ativos, similar ao processo de “entrega versus pagamento (DvP)” do sistema financeiro tradicional. Os contratos inteligentes, por sua vez, garantem a execução automática dos pagamentos quando as condições pré-estabelecidas forem cumpridas.
Considerado um dos testes de CBDC mais importantes até o momento, o experimento da SWIFT contou com a participação de 38 instituições ao longo de seis meses. Mais de 125 usuários completaram acima de 750 transações, e 60 representantes dessas instituições participaram ativamente de discussões para refinar e explorar novos casos de uso.
Atualmente, diversos países já possuem CBDCs operacionais, e mais de 130 nações estão explorando o conceito.