Peter Schiff, conhecido por prever a crise financeira de 2008, voltou a expressar seu ceticismo em relação ao bitcoin, desta vez com uma previsão sombria para o futuro da moeda digital. O economista e investidor declarou que, com base em sua análise técnica, a criptomoeda estaria em um momento crucial de reversão de tendência, após formar um padrão de “topo triplo” no gráfico de preços. Este padrão gráfico é um sinal de que o mercado pode estar perdendo força compradora e prestes a entrar em uma fase de queda acentuada.
Em suas declarações mais recentes, Schiff intensificou as críticas ao bitcoin, direcionando parte de sua argumentação ao bilionário Michael Saylor, defensor público da criptomoeda e CEO da MicroStrategy. Schiff destacou que, mesmo com o preço do bitcoin caindo para US$ 42 mil, o movimento de queda não deve parar por aí. Ele acredita que o valor pode continuar despencando, até atingir a faixa de US$ 15 mil a US$ 20 mil, região que ele considera o suporte de longo prazo mais realista para o ativo.
O analista também divulgou um gráfico do comportamento do BTC/USD para ilustrar sua previsão pessimista, reforçando a tese de que o bitcoin está à beira de uma queda substancial. Ele afirmou que, se o preço romper abaixo do suporte atual, será um sinal de que a criptomoeda entrará em uma nova fase de baixa.
Além das suas previsões sobre o bitcoin, Schiff aproveitou para comparar a criptomoeda com outros ativos, como o ouro e a prata, numa tentativa de ressaltar a suposta inferioridade do bitcoin. No último domingo (15), ele publicou uma análise dos preços do ouro e da prata, destacando que ambos os metais preciosos têm apresentado um desempenho superior ao da moeda digital. A prata, por exemplo, ultrapassou os US$ 31,00 por onça troy, enquanto o ouro atingiu um novo recorde, sendo negociado acima de US$ 2.586,00 por onça.
Para Schiff, o bitcoin não se qualifica como uma reserva de valor comparável ao ouro ou à prata, que possuem uma longa história como ativos seguros. Ele desconsidera a ideia de que o bitcoin seja o “ouro digital” e defende que sua volatilidade e falta de valor intrínseco o tornam um investimento muito arriscado. Essa visão crítica de Schiff sobre a criptomoeda é uma constante em suas análises ao longo dos anos, reforçando seu posicionamento como um dos mais proeminentes detratores do bitcoin.