Após causar um breve susto aos seus detentores ao cair abaixo de US$58.000, o bitcoin (BTC) voltou a ser negociado acima da marca de US$63.000. Isso porque investidores institucionais, através dos ETFs spot da criptomoeda primária nos Estados Unidos, retomaram grandes compras.
Mas por que esse apetite voltou?
Na última sexta-feira, o BTC subiu após um relatório mostrar um aumento menor do que o esperado no emprego nos EUA. Essa situação reavivou as expectativas de corte de taxas de juros e aumentou a atratividade de ativos especulativos.
Essa alta conseguiu compensar a maior parte das perdas ocorridas no início da semana devido a preocupações crescentes de que os dirigentes do Fed estavam adotando um tom mais hawkish e que a demanda por ETFs estava diminuindo.
“O que esta semana nos ensinou é que o BTC está em alta histórica e o novo desenvolvimento dos ETFs de Bitcoin está abrindo a participação de Wall Street no mercado da criptomoeda de uma forma nunca vista antes. Anteriormente, não havia uma correlação clara com outras classes de ativos. Mas nesta semana, especialmente durante a venda massiva antes do Fed na terça-feira à noite, ficou claro que o bitcoin estava sendo negociado em linha com outros ativos de risco”, disse Stéphane Ouellette, CEO da FRNT Financial.
Na sexta-feira, o BTC subiu quase 7%, chegando a ser negociado a US$63.257. Mas antes disso, em 1º de maio, o bitcoin caiu para US$56.527.
Na quarta-feira, os investidores retiraram US$564 milhões líquidos dos ETFs spot de Bitcoin dos EUA, marcando o maior declínio desde o lançamento desses produtos em janeiro.
No entanto, na quinta-feira, pela primeira vez desde o seu lançamento, o produto GBTC da Grayscale experimentou uma entrada líquida de US$63 milhões.