Em um momento de forte valorização, o Bitcoin (BTC) superou uma nova barreira e alcançou a marca inédita de US$ 109.458 na corretora Binance no dia 21 de maio, o que representa o maior valor já registrado pela criptomoeda. O movimento positivo marcou a sétima semana consecutiva de ganhos, desde que o ativo se recuperou da mínima recente de US$ 74.500.
A sequência atual de altas semanais pode tornar-se ainda mais significativa caso o BTC feche a semana acima de US$ 106.500 no próximo dia 25 de maio. Se isso ocorrer, será a mais longa série de “velas verdes” semanais desde outubro de 2023, segundo análise técnica do gráfico semanal.
Além do novo topo histórico de preço, outros dois indicadores fundamentais do ecossistema Bitcoin também estabeleceram máximas. A capitalização de mercado da criptomoeda atingiu US$ 2,17 trilhões, enquanto sua capitalização realizada — uma métrica baseada nos preços das moedas em circulação no momento da última movimentação — chegou a US$ 911,5 bilhões, conforme dados da plataforma Glassnode.
Com o otimismo crescendo, o trader conhecido como Titan of Crypto destacou que o Bitcoin ainda pode ter espaço para subir. Utilizando a ferramenta de extensão de Fibonacci, que projeta metas de preço com base em oscilações anteriores, ele sugere que a criptomoeda pode alcançar valores entre US$ 135.000 e US$ 140.000 ainda em 2025. Essa análise se baseia nos comportamentos do BTC frente a resistências e suportes importantes ao longo dos últimos dois anos.
Apesar da empolgação do mercado, nem todos os analistas atribuem grande importância técnica ao novo recorde. O experiente trader Peter Brandt comentou que, em mercados de alta, é comum o surgimento de máximas históricas, o que não deve ser interpretado isoladamente como um sinal determinante. Ainda assim, ele admite a possibilidade de que o BTC esteja se encaminhando para um pico entre US$ 125.000 e US$ 150.000 até agosto.
Por outro lado, projeções ainda mais ambiciosas vêm de Gert van Lagen, analista técnico que acredita em uma valorização ainda mais acentuada. Com base em um padrão megafone de alta, observado ao longo de quatro anos com máximas crescentes e mínimas descendentes, ele estima que o preço do Bitcoin pode chegar a US$ 300.000–US$ 320.000. Van Lagen também aplica a Teoria das Ondas de Elliott para indicar que o ativo estaria agora na quinta e última onda de impulso, sugerindo uma potencial valorização de 170% a 190%.
Apesar do entusiasmo generalizado, algumas vozes do setor recomendam moderação. O CEO da Alphractal, João Wedson, alertou para os riscos ocultos por trás do clima de euforia. Segundo ele, mapas de calor do mercado de BTC mostram concentrações em regiões com alta alavancagem, o que pode atrair ações dos formadores de mercado que buscam forçar liquidações de posições excessivamente otimistas. Wedson ressalta que o entusiasmo excessivo com novas máximas pode ser enganoso tanto para compradores quanto para vendedores, reforçando que a gestão de risco deve ser prioridade para os investidores.