Embora o mercado de criptomoedas esteja em alta, não há como negar que o bitcoin (BTC) continua sendo a grande estrela. Afinal, a criptomoeda primária registra uma alta de 10% nas últimas 24 horas e é negociada acima da marca de US$56.000 no momento da escrita deste artigo.
Motivo para esse crescimento?
Você sabe que a grande verdade é: a força compradora está mais forte que a vendedora. A lei da oferta e da demanda está fazendo seu trabalho aqui, e essa demanda está muito forte do lado dos ETFs.
Apenas na última segunda-feira (26), esses produtos sugaram cerca de US$520.000 do mercado do BTC. E fevereiro tem sido um mês de apetite insaciável dos ETFs.
Para você ter uma ideia, no dia 12, ETFs baseados em Bitcoin adquiriram 10 vezes mais BTC do que mineradores conseguiram produzir no mesmo período.
Os investidores institucionais também estão no comando, com a MicroStrategy comprando mais 3.000 bitcoins, aumentando seu portfólio para 193.000 BTCs.
Mas eu sei que você está pensando em outro catalisador aí.
É claro que eu não tenho uma bola de cristal, mas os investidores criptos estão com sua atenção voltada para o halving do Bitcoin, então vamos falar dele agora.
O que esperar para o halving de 2024?
Resumindo para quem caiu de paraquedas aqui e ainda não conhece esse conceito, o halving é um evento que acontece com o Bitcoin a cada 210.000 blocos minerados. O grande intuito dele é controlar a inflação da criptomoeda primária, fazendo com que a recompensa que os mineradores recebem por minerar BTC caia para metade.
Para ficar mais claro, até 2012, ano em que ocorreu o primeiro halving, os mineradores recebiam 50 bitcoins por bloco minerado. Atualmente, eles recebem 6,25 e em abril de 2024, esse número será cortado pela metade.
Mas como você viu, a demanda por Bitcoin está nas alturas e por mais que os ETFs fiquem mais mornos, as chances de o BTC se popularizar ainda mais e atrair mais investimento de varejo são altas. Inclusive, Sebastián Serrano, CEO e cofundador da Ripio, chegou a comentar como ele enxerga essa adoção da cripto número um, apontando que “como a inflação global continua a aumentar – e ficou claro que não se trata apenas de um problema relacionado à pandemia – a adoção cripto e, em particular, do Bitcoin, continua a crescer“.
Ao mencionar o halving da criptomoeda, Serrano bem lembrou que nas reduções anteriores, 2012, 2016 e 2020, a demanda começou a esquentar meses após o halving. No entanto, agora estamos vendo um movimento diferente.
“Estamos observando uma maior atividade antes do halving e isso foi antecipado devido a uma forte demanda que era esperada com a aprovação dos ETFs. Analisando este contexto, muito provavelmente será um ciclo intenso, mas talvez mais curto. A verdade é que há incerteza em relação a isso porque também há quem fale de um superciclo que vai durar muito tempo”.
Conforme observado pelo CEO da Ripio, o que está claro é que os ETFs são importantes para o mercado cripto e estão exigindo e atraindo muito capital.
Também conversamos com Gabriel Broetto, gerente comercial da Brasil Bitcoin. Segundo ele, podemos ter um impacto do halving bem similar ao que tivemos em ciclos anteriores.
“Vai impulsionar o preço do bitcoin alguns meses após o halving para um novo topo histórico. Mas esse ciclo está diferente porque esse ciclo é o de entrada massiva de institucionais. Antes desse halving a gente teve El Salvador adotando Bitcoin como uma moeda de curso legal. Primeiro país a fazer isso. E grandes empresas começando a comprar Bitcoin, como a MicroStrategy e a Tesla também”.
Assim como Serrano, Broetto reforça a importância dos investimentos institucionais através dos ETFs.
“A gente já tinha o mercado de ETFs de futuros e agora a gente tem o mercado de ETFs Spot também. Isso vai permitir que institucionais que antes não compravam Bitcoin, porque ele não estava de uma forma fácil para ser negociado dentro das bolsas americanas e globais, agora ele tem um acesso muito facilitado através de um instrumento que ele já é acostumado. Então isso dá muito mais confiança, muito mais clareza para o investidor institucional investir em Bitcoin do que antes”.
O que esperar agora?
O fundador da Ripio observou muito bem que há previsões bem positivas em torno do BTC.
“Há especulações de que o bitcoin chegue a US$150.000 até o final deste ano e a US$1,5 milhão até o final da década, mas a verdade é que qualquer número é incerto, especialmente nesse contexto”.
Concordamos muito com a visão dele, pois especulação você verá para todos os lados. O que você precisa fazer agora é se posicionar e encontrar a melhor estratégia para adquirir seus satoshis. Como você viu, não há Bitcoin para todo mundo e independente do preço do BTC em relação ao dólar, um Bitcoin sempre será um Bitcoin.
