Em uma impressionante arrancada em apenas 24 horas, o Bitcoin superou a marca de US$ 96 mil nesta sexta-feira (3), reacendendo expectativas de que a principal criptomoeda do mundo esteja prestes a alcançar os tão aguardados seis dígitos. O movimento não apenas animou os investidores, mas também rompeu uma faixa técnica considerada decisiva por analistas.
Esse intervalo, entre US$ 93 mil e US$ 95 mil, é apontado por dados da Glassnode como uma zona de intensa atividade no blockchain. Trata-se de um patamar carregado de moedas adquiridas durante correções anteriores, o que sugere que muitos investidores estão, neste momento, se aproximando do ponto de equilíbrio — fator que pode provocar pressão vendedora, já que parte deles pode optar por realizar lucros ou reduzir exposição.
Apesar dessa possível pressão, o desempenho recente do Bitcoin mostra resiliência. O ativo já se posiciona acima do topo alcançado no início de maio, quando chegou a US$ 94 mil, o que representa um rompimento claro da tendência de baixa que vinha se desenhando desde abril. Esse novo topo mais alto é visto por analistas como um sinal de reversão, indicando que o mercado pode estar entrando em uma nova fase de acúmulo intenso.
Do ponto de vista técnico, o Bitcoin também enfrentava duas barreiras relevantes: a média móvel simples de 111 dias, atualmente em US$ 91.300, e a base de custo dos detentores de curto prazo, situada em US$ 93.200. Superar essas referências fortalece ainda mais o argumento de que o momento é favorável ao avanço do preço.
Enquanto isso, a visão de longo prazo permanece otimista para diversos analistas veteranos. Um dos mais conhecidos, Peter Brandt, compartilhou em seu perfil na rede social X uma projeção que coloca o Bitcoin entre US$ 125 mil e US$ 150 mil até o terceiro trimestre deste ano. Ele baseia sua previsão em uma análise gráfica de velas semanais, onde uma linha de tendência parabólica — presente desde 2021 — aparece como o principal ponto de contenção a ser rompido. Caso o preço ultrapasse a faixa dos US$ 120 mil, Brandt acredita que o movimento de alta poderá se acelerar significativamente.
Em seu gráfico, o experiente trader também destaca formações clássicas da análise técnica, como ombro-cabeça-ombro, triângulos expansivos e padrões de consolidação. Esses elementos visuais servem para reforçar sua tese de que o ciclo de valorização atual ainda não esgotou seu potencial.
Outro indicador de força no mercado vem dos investidores de longo prazo. De acordo com a Glassnode, mais de 254 mil BTC mantêm-se inativos há pelo menos 155 dias — a maioria adquirida com o preço já acima dos US$ 95 mil. Esses detentores, que já acumulam lucros realizados acima de 350%, estão ajudando a compor uma base sólida de oferta amadurecida, sinalizando uma confiança crescente na valorização sustentada do ativo.
Neste momento, o Bitcoin está sendo negociado a US$ 96.722. Resta saber se o impulso atual será suficiente para manter o ritmo de alta e, quem sabe, alcançar o patamar de US$ 150 mil projetado por Brandt nos próximos meses.