Nos últimos dias, o Bitcoin tem enfrentado uma queda consistente, acompanhando o desempenho do mercado de ações. No dia 10 de março, o valor da criptomoeda caiu para $78.500, o nível mais baixo desde novembro de 2024.
Esse declínio é atribuído principalmente ao receio de uma recessão global, além de uma certa decepção com o decreto executivo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pretendia criar uma reserva estratégica de Bitcoin, mas não determinou que o governo comprasse mais da moeda digital.
Por outro lado, o ouro tem mostrado uma resistência notável, alcançando, em 13 de março, o preço recorde de $2.979,76 por onça, um marco histórico para o metal precioso.
Esse desempenho impressionante do ouro é explicado pela sua tradicional função de reserva de valor em tempos de incerteza econômica. Com o agravamento da guerra tarifária global, alimentada pelas políticas comerciais volúveis do presidente Trump, os investidores têm buscado o ouro como um porto seguro.
Historicamente, o ouro é visto como uma proteção contra a inflação, e os entusiastas do Bitcoin têm defendido a ideia de que a criptomoeda, muitas vezes chamada de “ouro digital”, também desempenha esse papel. Com sua característica de escassez, o Bitcoin é considerado uma boa reserva de valor, especialmente durante períodos de alta inflação.
Recentemente, os dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) revelaram que a inflação de fevereiro de 2025 foi menor do que o esperado. O aumento foi de apenas 0,2% no mês, contra uma previsão de 0,3%.
No entanto, a inflação acumulada no ano diminuiu para 2,8%, ligeiramente abaixo da expectativa de 2,9%. Embora esses números tenham trazido algum alívio para o mercado, a preocupação com uma desaceleração econômica continua a afetar tanto o mercado de criptomoedas quanto o de ações. No momento da publicação, o Bitcoin estava cotado a $80.609,15.
Enquanto isso, o desempenho estável do ouro parece ter reforçado ainda mais sua posição como o principal ativo de proteção contra a inflação, consolidando-se como a escolha preferida dos investidores em tempos de incerteza econômica.