O investidor e comentarista financeiro Jim Rogers compartilhou sua visão sobre o papel das criptomoedas, especialmente o Bitcoin (BTC), como moeda oficial respaldada por governos.
Segundo Rogers, apesar do crescimento do BTC em seu estado atual, sua principal função é a de um ativo para transações e investimentos. Ele enfatizou que os governos dificilmente o reconhecerão como moeda, citando preocupações sobre a competição com sistemas monetários existentes, afirmou durante entrevista à Kitco News.
Ao mesmo tempo, Rogers minimizou o impacto global do Bitcoin como moeda, citando a adoção por El Salvador como um exemplo limitado.
“Não vejo as criptomoedas se tornando dinheiro porque os governos não querem essa competição. O Bitcoin está sendo mais aceito, mas não o considero uma moeda legítima em lugar nenhum, exceto talvez em El Salvador. Mas El Salvador tem apenas seis milhões de habitantes. Não acho que isso vá mudar o mundo”, disse ele.
O investidor reconheceu a possibilidade de os governos tomarem medidas se as criptomoedas emergirem como ameaças reais ao seu controle monetário. No entanto, até o momento, Rogers não vê nenhuma indicação disso.
“Se as criptomoedas se tornarem uma ameaça para os governos e suas moedas, eles provavelmente farão algo, mas até agora, não são uma ameaça. São apenas um veículo de investimento”, acrescentou.
Olhando para o futuro, Rogers prevê que as moedas digitais, em particular as emitidas por bancos centrais (CBDCs), provavelmente serão adotadas por vários governos ao redor do mundo.
“Acredito plenamente que, eventualmente, as moedas estarão no computador – é muito mais eficiente, mais barato, melhor para muitas pessoas e governos”, acrescentou.
No entanto, o investidor expressou reservas sobre o potencial de vigilância ampliada das CBDCs, já que os governos teriam acesso a informações detalhadas sobre as atividades financeiras dos indivíduos.
Enquanto isso, o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos EUA aprovou a Lei Anti-Vigilância Estatal do CBDC como parte de uma iniciativa contra a moeda proposta.