Larry Fink, CEO da BlackRock, recentemente fez uma especulação sobre o potencial de valorização do Bitcoin, sugerindo que a criptomoeda poderia alcançar os $700.000 por unidade. Esse comentário foi feito em meio a uma crescente preocupação com a desvalorização das moedas fiduciárias e a instabilidade econômica global, o que tem levado muitos a ver o Bitcoin como uma alternativa para proteger contra as vulnerabilidades dos sistemas financeiros tradicionais.
Fink não endossou diretamente a criptomoeda, mas compartilhou a reflexão a partir de uma conversa com um fundo soberano, que buscava orientação sobre quanto deveria alocar em Bitcoin — entre 2% ou 5% de seu portfólio de investimentos.
Durante uma entrevista recente, Fink detalhou que a capacidade do Bitcoin de crescer de maneira exponencial está fortemente ligada ao receio de uma recessão econômica global e à desvalorização das moedas fiduciárias. Ele descreveu o Bitcoin como um “instrumento internacional” que pode ajudar a mitigar as incertezas econômicas locais.
Com o gerenciamento de $11,5 trilhões em ativos, as declarações de Fink têm um impacto significativo tanto para investidores institucionais quanto para os de varejo. Sua visão vai além de uma mera opinião pessoal, funcionando como um sinal para o mercado sobre o potencial do Bitcoin.
A criptomoeda, frequentemente chamada de “ouro digital”, tem sido considerada uma reserva de valor capaz de proteger o patrimônio contra a inflação e os erros fiscais dos governos. O reconhecimento de Fink desse potencial pode acelerar ainda mais sua adoção entre investidores tradicionais.
Essa previsão de Fink surge em um cenário de crescentes preocupações com a inflação, o aumento das dívidas nacionais e as tensões geopolíticas que ameaçam a estabilidade das moedas tradicionais. O Bitcoin, com sua oferta limitada a 21 milhões de unidades e sua estrutura descentralizada, surge como uma alternativa resistente às pressões inflacionárias das moedas fiduciárias, tornando sua proposta de valor cada vez mais atraente.
O envolvimento da BlackRock com o Bitcoin deu um passo significativo em 21 de janeiro de 2025, quando a empresa adquiriu $662 milhões em Bitcoin para seu fundo de índice (ETF), o maior valor investido em um único dia até agora neste ano.
Além disso, o iShares Bitcoin Trust (IBIT) da BlackRock superou o iShares Gold Trust (IAU) em ativos líquidos em outubro de 2024, um feito alcançado poucos meses após o lançamento do IBIT em janeiro de 2024, o que evidencia o crescente interesse dos investidores em fundos de índice focados em Bitcoin.
Embora a previsão de Fink seja otimista, ela está condicionada à continuidade das atuais tendências econômicas. Se a estabilidade econômica global for restaurada ou surgirem novos sistemas financeiros capazes de reduzir os temores de desvalorização das moedas, o preço do Bitcoin pode estabilizar-se em níveis mais baixos. No entanto, a declaração de Fink reforça a crescente legitimidade da criptomoeda como uma classe de ativos reconhecida.