O Bitcoin alcançou um marco histórico ao superar os US$ 100 mil, atingindo um pico próximo a US$ 110 mil. Apesar dessa conquista, os últimos dias do ano trouxeram uma reversão no desempenho da criptomoeda, que passou a oscilar em um intervalo entre US$ 90 mil e US$ 98 mil. Essa instabilidade gerou preocupações no mercado, com analistas divididos sobre o futuro do ativo.
Ali Martinez, um analista amplamente seguido nas redes sociais por compartilhar insights sobre investimentos em criptomoedas, compilou opiniões de outros especialistas que sugerem que o Bitcoin pode estar em um padrão descendente. Entre essas análises, destacam-se as de Tone Vays, Peter Brandt, Tom Lee e Benjamin Cowen, que discutem tanto o curto quanto o longo prazo do ativo digital.
Tone Vays, educador em Engenharia Financeira e conhecido por sua experiência em Wall Street, chamou atenção para o risco de o Bitcoin cair abaixo de US$ 95 mil. Em um vídeo publicado em suas redes sociais, ele afirmou que esse movimento poderia abrir caminho para uma queda mais acentuada, possivelmente até US$ 73 mil, o que ele descreveu como uma “caixa de Pandora” para o mercado. Com uma base de mais de 290 mil seguidores na plataforma X, suas palavras ressoaram amplamente entre os investidores.
Outro ponto de vista relevante foi compartilhado por Peter Brandt, trader de commodities com décadas de experiência. Em 20 de dezembro, ele divulgou um gráfico que reforça a ideia de que o preço do Bitcoin pode recuar para cerca de US$ 70 mil. Apesar desse pessimismo de curto prazo, Brandt ainda projeta um futuro positivo para o ativo, reiterando sua previsão anterior de que o Bitcoin poderia atingir US$ 135 mil entre agosto e setembro de 2025. Essa projeção foi novamente enfatizada em resposta a seguidores que questionaram seu posicionamento.
Tom Lee, diretor de pesquisas da Fundstrat Capital, também participou do debate ao lado de Anthony Scaramucci em uma entrevista para a SkyBridge. Segundo Lee, o preço do Bitcoin poderá atingir US$ 250 mil até o final de 2025. Entretanto, ele destacou a análise técnica de Mark Newton, outro especialista da Fundstrat, que sugere uma queda para cerca de US$ 60 mil antes que o ativo volte a subir. Essa opinião se alinha à do fundador da newsletter ITC, Benjamin Cowen, que também acredita em uma retração para o mesmo patamar, correlacionando-a à queda do índice QQQ.
Embora o sentimento de curto prazo tenha se tornado mais cauteloso, a perspectiva de longo prazo para o Bitcoin ainda inspira otimismo. Analistas continuam a ver potenciais significativos para valorização, mesmo com os desafios imediatos que a criptomoeda enfrenta.