O halving reduz pela metade a recompensa por minerar bitcoins a cada quatro anos e é fundamental para manter a escassez da criptomoeda, impulsionando seu perfil desinflacionário.
Michael Zhao, da Grayscale, destaca:
“Essa característica desinflacionária é um apelo fundamental para muitos detentores de Bitcoin, em contraste com a oferta imprevisível de moedas fiduciárias e metais preciosos”.
Mas nem sempre o halving garante uma alta de preços imediata.
“Se fosse uma certeza, investidores racionais comprariam antecipadamente, elevando o preço antes do evento”, alerta Zhao.
Mineração preparada
Antecipando o halving, mineradores ajustaram suas estratégias para compensar a redução de renda, vendendo parte de suas reservas no último trimestre de 2023. Essas medidas sugerem preparação ativa para enfrentar os desafios, garantindo a resiliência da rede.
Novas fronteiras
Inscrições nos Ordinals e soluções de Layer 2 introduziram novas dimensões à funcionalidade e escalabilidade do Bitcoin. Artefatos digitais inscritos na blockchain já geraram mais de US$200 milhões em taxas para mineradores, ampliando a utilidade da rede e gerando novas fontes de receita.
Além disso, o interesse crescente em carteiras habilitadas para Taproot indica uma movimentação coletiva para abordar os desafios de escalabilidade do BTC.
ETFs e pressão de venda
A aprovação dos ETFs spot de Bitcoin nos EUA facilitou o acesso de investidores e potencialmente aliviou a pressão de venda decorrente das recompensas da mineração. Após a aprovação, o fluxo líquido inicial foi de US$ 1,5 bilhão nos primeiros 15 dias de negociação.
Esses ETFs podem desempenhar um papel importante em equilibrar a dinâmica do mercado após o halving, absorvendo parte da pressão de venda habitual. Para manter os preços atuais, é necessária uma compra anual de US$ 14 bilhões. Pós-halving, essa necessidade diminui para US$ 7 bilhões.