Na semana passada, a BlackRock realizou uma movimentação expressiva no mercado de criptomoedas ao adquirir 22.419 Bitcoins, uma compra avaliada em cerca de US$ 2,4 bilhões. Com essa nova aquisição, o total de BTC sob gestão do iShares Bitcoin Trust (IBIT), fundo da gigante gestora de ativos, ultrapassou a marca de 621 mil unidades.
Essa quantia representa aproximadamente 3% de toda a oferta de Bitcoin existente no mundo, posicionando a BlackRock à frente de grandes nomes do setor, como Binance e MicroStrategy, no que diz respeito à quantidade de BTC em carteira.
O contraste entre a nova compra da BlackRock e a quantidade de Bitcoin minerada no mesmo período é notável. Enquanto a empresa adicionava milhares de unidades ao seu portfólio, apenas 3.090 BTC foram minerados globalmente, o que destaca o impacto potencial que esse tipo de aquisição pode ter sobre a oferta e a demanda da criptomoeda.
Além disso, outros dados revelam a ampliação da exposição institucional da BlackRock ao ativo digital. O fundo Strategic Income Opportunities Portfolio, também gerenciado pela empresa de Larry Fink — que lidera uma carteira de aproximadamente US$ 11 trilhões em ativos —, divulgou possuir 2.123.592 ações do IBIT até 31 de março de 2025.
Essa quantidade representa um aumento expressivo em comparação com as 1.691.143 ações registradas no fim de dezembro de 2024. Somente no primeiro trimestre de 2025, o fundo acrescentou cerca de US$ 30 milhões em ETFs de Bitcoin ao seu portfólio, reforçando a tendência de crescimento no interesse por instrumentos financeiros ligados à criptomoeda.
Paralelamente, outro movimento que chama atenção é o posicionamento da VanEck. A gestora de ativos, com US$ 120 bilhões sob administração, sugeriu recentemente que o governo dos Estados Unidos deveria considerar a inclusão do Bitcoin em suas reservas estratégicas. A proposta destaca a crescente percepção, por parte de instituições financeiras tradicionais, do papel potencial do Bitcoin como ativo de proteção ou reserva de valor no cenário econômico global.
Esses desenvolvimentos indicam não apenas o fortalecimento da presença institucional no mercado de criptomoedas, mas também um possível reposicionamento do Bitcoin no contexto da economia global — de ativo alternativo para uma reserva estratégica cada vez mais levada a sério.
