O governo venezuelano anunciou a proibição da mineração de criptomoedas como parte de um esforço para proteger a rede elétrica nacional. Essa decisão foi tomada em meio a uma série de medidas para enfrentar os problemas crônicos de apagões que afetam o país, com cortes de energia frequentes e prolongados que prejudicam a vida dos cidadãos e a atividade econômica.
A proibição inclui a desconexão das fazendas de mineração de criptomoedas da rede elétrica nacional, visando regular o consumo excessivo de energia por essas operações. O Ministério de Energia Elétrica da Venezuela afirmou que a medida é necessária para garantir um fornecimento estável de eletricidade à população e evitar sobrecargas na rede.
Além disso, a proibição da mineração de criptomoedas está inserida em um contexto mais amplo de iniciativas do governo para combater a corrupção. Vários altos funcionários, incluindo Joselit Ramírez, ex-chefe da Superintendência Nacional de Criptoativos, foram presos sob acusações de corrupção.
O governador do estado de Carabobo, Rafael Lacava, destacou a importância da colaboração pública na detecção de operações de mineração ilegal. Ele incentivou os cidadãos a denunciarem atividades ilícitas às autoridades, enfatizando a necessidade de proteger a infraestrutura elétrica do país.
A mineração de criptomoedas é conhecida por seu alto consumo de energia, com processos como a mineração de Bitcoin requerendo quantidades significativas de eletricidade para alimentar os computadores que realizam cálculos complexos.
Países como China e Cazaquistão já implementaram regulamentações rigorosas ou proibiram completamente a mineração devido a preocupações ambientais e de consumo de energia.