Os Emirados Árabes Unidos (EAU) estão de olho em uma colaboração mais estreita com a China, com o objetivo de se destacar no cenário mundial. Os dois países estão fortalecendo sua parceria através de investimentos e cooperação para ampliar sua presença nas Ilhas do Pacífico e na África.
De acordo com o relatório, o comércio entre eles será feito em yuan chinês, permitindo que os países do Oriente Médio abram caminho para a influência chinesa na região. Isso sugere uma possível mudança no equilíbrio de poder global, afastando-se da dominação ocidental.
Ao longo de 2023, o BRICS ganhou destaque, especialmente na política global. Durante a cúpula anual, o bloco realizou seu primeiro plano de expansão, marcando avanços nos seus objetivos de reduzir a influência do dólar.
Nesse contexto, China e EAU buscam aumentar o comércio bilateral em suas moedas locais.
Os Emirados Árabes Unidos estão entre os cinco países que ingressarão na aliança econômica, juntando-se a Arábia Saudita, Irã, Egito e Etiópia. Juntos, planejam fortalecer sua presença nas nações africanas, com os EAU expandindo o uso do yuan.
Se essa cooperação resultar em um aumento nas moedas locais, será um impulso para a missão global do BRICS, que desde o início do ano busca a diversificação econômica.
Mas será que podemos realmente esperar uma mudança em relação ao dólar americano?
O BRICS tem feito manchetes em 2023, promovendo esforços para diminuir o poder do dólar. Países como a China estão buscando cooperação através de investimentos bilaterais, exercendo pressão sobre as corporações.
A inclusão dos Emirados Árabes Unidos visa atender às necessidades do Oriente Médio. O BRICS pretende reconfigurar as dinâmicas monetárias globais, afastando o mercado do domínio da moeda norte-americana.
No entanto, o dólar ainda se mantém forte, sendo amplamente utilizado em transações locais e internacionais. A transição para as novas moedas levará tempo, apesar dos esforços.
A desdolarização dependerá do sucesso das moedas digitais, como o yuan digital da China, em facilitar o comércio global.