No cenário internacional, mais de duas dezenas de países expressaram o desejo de ingressar na aliança BRICS, conforme confirmado pelo Ministro de Relações Exteriores da Índia, S Jaishankar. Este interesse surge às vésperas da 16ª cúpula do BRICS, agendada para outubro de 2024 na região de Kazan, na Rússia.
A revelação do Ministro Jaishankar destaca uma tendência crescente entre países do sul global de diversificar suas alianças e dependências econômicas. Mais de 30 nações teriam apresentado pedidos para aderir à aliança BRICS neste ano, refletindo a aspiração coletiva de reduzir a dependência do dólar americano diante de preocupações com dívidas crescentes, que se tornaram um fardo para essas economias.
Essa onda de solicitações indica confiança na aliança BRICS como uma alternativa viável a alinhamentos econômicos e diplomáticos tradicionais, especialmente para países da Ásia, África e até partes da Europa.
A aliança, conhecida pelo substancial crescimento econômico e influência política de seus membros, oferece uma plataforma para essas nações promoverem a cooperação econômica, o comércio em moedas locais e abordarem coletivamente desafios globais.
A possível expansão do BRICS em 2024 poderia ter implicações para o comércio e a diplomacia globais, sinalizando uma mudança em direção a uma ordem mundial mais multipolar.
Além disso, a inclusão de novos membros de diferentes regiões geográficas não apenas fortaleceria economicamente a aliança, mas também ampliaria sua influência política no cenário global.
Ao possivelmente afastar-se do dólar americano em transações comerciais, o BRICS poderia abrir caminho para uma nova era de transações financeiras que priorizam moedas locais, desafiando a atual supremacia da moeda dos EUA no comércio internacional.