Uma nova pesquisa da CNBC, canal de TV norte-americano, sugere que apenas 8% dos estadunidenses têm uma visão favorável sobre as criptomoedas, número significativamente abaixo dos 19% registrados em março.
O estudo intitulado “Pesquisa Econômica All-America” traz a opinião de 800 entrevistados nos EUA. O questionário foi realizado entre os dias 26 e 30 de novembro, e tem margem de erro de 3,5%, para menos ou para mais.
Além da queda do número de americanos que confiam nas criptomoedas, a pesquisa da CNBC revelou que o número de haters, ou seja, aqueles que são contra as criptomoedas, aumentou de forma impressionante.
Na última pesquisa, realizada em março de 2022, os inimigos das criptos eram 25%. No entanto, esse numero subiu para 43% no estudo divulgado nesta quarta-feira (7).
“A queda foi dramática para um investimento que foi apresentado como sua própria classe de ativos e teve uma festa de estreia celebrada no cenário global com vários anúncios do Super Bowl e endosso de celebridades”, afirmou o canal de TV na divulgação da pesquisa.
Segundo o questionário da CNBC, 42% dos americanos que já investiram em criptomoedas agora têm uma visão negativa dessa classe de ativo.
Queda de credibilidade entre os estadunidenses
Não é muito difícil encontrar as causas para essa queda de credibilidade das criptomoedas para os investidores norte-americanos. O ano de 2022 teve como marca acontecimentos graves que abalaram globalmente a imagem do mercado cripto.
Em maio, a stablecoin Terra USD (UST) simplesmente implodiu, varrendo US$ 44 bilhões do mercado. O idealizador da Terraform Labs, o empresário sul-coreano Do Kwon, desapareceu do mapa e é procurado pela Interpol.
Em julho, mais fogo no parquinho. A empresa de empréstimos cripto Celsius faliu e bloqueou uma grande quantidade de fundos de seus clientes.
Porém, a pior notícia do ano chegou a cerca de 30 dias. A FTX, uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo, declarou falencia após a revelação de um escandalo envolvendo transferência de fundos entre a exchange e outra empresa do grupo FTX chamada Alameda Research.
Por fim, não podemos nos esquecer dos inúmeros hacks que assolaram o universo DeFi durante 2022 e varreram, só até outubro, mais de US$ 3 bilhões do mercado.
Com todo esse histórico, 2022 já concorre a pior ano para o mercado cripto.
