A carta aberta divulgada pelo Future of Life Institute, intitulada “Pausem Experimentos Gigantes com IA: Uma Carta Aberta”, em 29 de março, gerou debates na comunidade tecnológica, solicitando uma pausa temporária no desenvolvimento de sistemas de IA poderosos, como o GPT-4. Entretanto, Brian Armstrong, CEO da Coinbase, expressou desacordo com a carta por meio de uma postagem no Twitter.
Armstrong argumentou que não há um grupo de “especialistas” para julgar essa questão e que é pouco provável que os diversos atores envolvidos cheguem a um consenso. Além disso, ele afirmou que comitês e burocracia não resolverão o problema. Em vez disso, defendeu o progresso contínuo no desenvolvimento de tecnologia, apesar dos riscos potenciais.
A carta aberta propõe uma interrupção pública e verificável de pelo menos seis meses no treinamento de sistemas de IA mais avançados como o GPT-4 e sugere que laboratórios de IA desenvolvam protocolos de segurança conjuntos para garantir a implementação segura de tais sistemas. Por fim, a carta afirma que “sistemas de IA robustos só devem ser desenvolvidos quando estivermos seguros de que seus efeitos serão benéficos e seus riscos, controláveis”.
Personalidades notáveis do mundo da tecnologia, como Elon Musk, CEO da SpaceX, Tesla e Twitter; Steve Wozniak, co-fundador da Apple; Bill Gates, co-fundador da Microsoft; e Gary Marcus, pesquisador de IA e professor emérito da Universidade de Nova York, assinaram a carta aberta.
Count me among the people who think this is a bad idea.
— Brian Armstrong (@brian_armstrong) March 31, 2023
There are no “experts” to adjudicate this issue, and many disparate actors will never agree. Committees and bureaucracy won’t solve anything.
As with many technologies, there are dangers, but we should keep marching… https://t.co/iM0sKOVTaw
Entretanto, o CEO da Coinbase destacou a importância de seguir em frente com o progresso, apesar dos perigos, pois os benefícios superam os malefícios. Ele acredita que o mercado de ideias proporciona melhores resultados do que o planejamento centralizado.
Por fim, alertou contra o risco de permitir que o medo atrapalhe o progresso e a possibilidade de autoridades centrais controlarem o desenvolvimento tecnológico.