O cenário das criptomoedas ganhou um novo participante que vem chamando atenção, a Worldcoin (WLD). Com a promessa de estabelecer uma identidade financeira universal, o projeto, no entanto, tem recebido críticas de figuras importantes como Vitalik Buterin, um dos fundadores da Ethereum. Ele demonstrou preocupação com as medidas de privacidade e segurança implementadas na plataforma.
A autenticação da Worldcoin se baseia no sistema denominado Proof of Personhood (PoP). Este sistema foi projetado para oferecer alta segurança, acessibilidade e centralização, segundo assegura Sam Altman, diretor da OpenAI e um dos criadores da moeda.
No entanto, o mecanismo de verificação por escaneamento da íris, que é parte fundamental do PoP, foi alvo de críticas de Buterin, que o considera uma ameaça à privacidade dos usuários. Ele salientou que mesmo que a Worldcoin se comprometa a não armazenar dados pessoais, ainda existe um risco potencial de fraude.
O co-fundador da Ethereum também levantou questões sobre o dispositivo biométrico usado pela Worldcoin, o Orb. Ele sugeriu que o dispositivo poderia ter limitações de acessibilidade e poderia ser uma porta para possíveis brechas de segurança. Além disso, o temor de Buterin é que a plataforma esteja aberta a ataques cibernéticos.
Apesar de suas ressalvas, Buterin concedeu que a Worldcoin tem seu valor, especialmente no que diz respeito ao hardware. Ele acredita que a criptomoeda se destaca em comparação com sistemas de identificação tradicionais.
A Worldcoin chegou ao mercado em 24 de julho de 2023, e rapidamente se popularizou. A criptomoeda já está disponível em diversas plataformas e bolsas digitais. Atualmente, o valor da Worldcoin está próximo de US$ 0,012699, com um volume de negócios de US$ 70.353,43, o que a torna interessante para investidores que visam ganhos a longo prazo.
No entanto, a Worldcoin também enfrenta uma série de questionamentos. Reguladores, ativistas da privacidade e especialistas no setor de criptomoedas têm levantado questões sobre o projeto. O órgão de proteção de dados da Baviera já iniciou uma investigação sobre a moeda devido à sua gestão de informações sensíveis.
No Quênia, o Ministério do Interior suspendeu as operações da Worldcoin até que possa garantir a segurança da população. Jack Dorsey, co-fundador do Twitter/X, também expressou preocupações com as medidas de privacidade e segurança da Worldcoin.
O uso de tecnologias como a varredura de íris e dispositivos biométricos aumenta os questionamentos sobre possíveis violações de privacidade e acesso não autorizado a dados sensíveis. À medida que a Worldcoin tenta estabelecer-se, ela precisará enfrentar e responder a esses desafios para ganhar a confiança do público e dos reguladores.