O CEO e cofundador do Proton, Andy Yen, disse em uma entrevista à Forbes, publicada em 27 de dezembro, que não tem certeza se sua empresa continuará a manter Bitcoin no caixa.
A empresa, que oferece o aplicativo de e-mail criptografado ProtonMail e vários outros serviços, detém Bitcoin há pelo menos cinco anos.
Após anos de integração limitada, a Proton começou oficialmente a aceitar pagamentos em Bitcoin em 2017. Em 2019, a empresa confirmou que mantinha em suas reservas o Bitcoin recebido de clientes.
Agora, Yen afirma que o Proton “sempre manteve algumas de suas reservas em Bitcoin”, mas sugeriu que a empresa não tem garantia de continuar nessa linha.
“Há um debate interno: ainda não tenho a resposta para isso – não tenho certeza se continuamos a manter Bitcoin ou não”, disse ele.
Yen também descreveu seus sentimentos sobre o Bitcoin. Ele expressou preocupação com fraudes, golpes e modismos de curta duração, como a recente bolha NFT e a “mania de ICO” de 2017.
Ele também argumentou que o interesse cíclico e de curta duração em criptomoedas leva a picos e quedas regulares do mercado que “destroem” o mercado de criptomoedas a cada três ou quatro anos.
CEO defende regulação
“As pessoas não vão ter fé e confiança em uma classe de ativos se ela tiver frequentemente 80% de ciclos de queda. Precisamos que os ciclos de acidentes sejam cada vez menos graves ao longo do tempo e isso simplesmente não está acontecendo.”
Para enfrentar esse problema, Yen defendeu uma moderação e autorregulação mais fortes no setor cripto. Ele também expressou oposição à regulamentação por parte dos legisladores.
O ceticismo de Yen em relação ao Bitcoin como um ativo de reserva não significa que a empresa deixará de aceitar transações de Bitcoin.
O Proton atualmente aceita Bitcoin como pagamento por seus serviços, e o relatório de hoje da Forbes sugere que a empresa está no processo de adicionar pagamentos da Lightning Network.
Devido ao trabalho contínuo do Proton com criptomoedas, surgiram rumores em 2018 de que a empresa emitiria seu token realizando uma oferta inicial de moedas (ICO). A empresa negou firmemente esses rumores na época.