O chefe executivo da Marathon, Fred Thiel, acredita que o halving do Bitcoin não causará grandes variações no preço da criptomoeda.
Para Thiel, a aprovação de ETFs spot de Bitcoin nos EUA já antecipou a valorização normalmente associada ao evento.
“A aprovação dos ETFs, que tem sido um enorme sucesso, atraiu capital para o mercado e basicamente trouxe para frente a valorização que normalmente teríamos visto de três a seis meses após o halving. Então, acredito que já estamos vendo parte disso agora, e isso antecipou parte da demanda”, disse o executivo em entrevista à Bloomberg.
Thiel explicou que o halving reduzirá a oferta diária de Bitcoin em cerca de 450 unidades, “o que provavelmente terá algum pequeno impacto nos preços”.
Ele acrescentou que, como empresa de mineração, a Marathon está satisfeita com o rally pré-halving, que vai contra a tendência observada em ciclos anteriores do mercado.
“Mas, como mineradores, estamos animados por entrar em um halving onde, pela primeira vez, os preços não caíram antes do evento, pelo contrário, subiram. Então, todo mundo está obviamente maximizando a lucratividade”.
Thiel estimou que o preço de equilíbrio da Marathon para permanecer lucrativa após o halving seria de cerca de US$46.000 por BTC.
Já o especialista em mineração de Bitcoin, Jaran Mellerud, prevê que a taxa de hash (poder computacional dedicado à mineração) não sofrerá grande queda após o halving.
“Os halvings não devem ser vistos como eventos que diminuem a taxa de hash, mas sim como breves pausas na sua trajetória implacável de ascensão”.
Mellerud ainda acredita que haverá um mercado altista após o halving, “no entanto, a demanda crescente, e não a mera redução da oferta, será o principal fator impulsionando a alta dos preços”.
A exchange Bitfinex, por outro lado, aposta em um cenário mais otimista, prevendo que o mercado altista pós-halving levará o BTC a US$150.000.