Wang Moumou, um ex-funcionário do governo chinês, foi sentenciado à prisão perpétua após ser condenado por vender segredos de estado a agências de inteligência estrangeiras em troca de pagamentos em criptomoedas no valor de 1 milhão de yuans (aproximadamente 138 mil dólares). A informação foi divulgada pelo Ministério de Segurança do Estado da China por meio de uma publicação no WeChat.
De acordo com o ministério, Wang, que enfrentava sérias dificuldades financeiras devido a grandes perdas em suas operações de negociação de criptomoedas, começou a procurar trabalho adicional em um fórum online. Durante essa busca, ele revelou sua identidade como funcionário público, o que chamou a atenção de um agente de inteligência estrangeiro, que fez uma oferta de pagamento em criptomoedas em troca de informações confidenciais.
Com o tempo, Wang tentou se afastar do agente estrangeiro, mas acabou sendo chantageado. Segundo as autoridades chinesas, ele foi ameaçado de exposição caso não continuasse colaborando com os contatos internacionais. A espionagem envolvendo criptomoedas não é uma prática exclusiva de cidadãos ou agentes chineses, como mostra outro caso relacionado a Taiwan.
Em setembro, dois oficiais militares taiwaneses foram acusados de vender documentos secretos em criptomoeda para contatos na China, recebendo 8.151 Tether (USDT). No mês anterior, o Tribunal Superior de Taiwan havia sentenciado oito pessoas, incluindo o principal responsável, a uma pena de até 13 anos de prisão, após descobrirem o vazamento de segredos militares em troca de criptomoeda.
O governo de Taiwan relatou um aumento significativo nos casos de espionagem chinesa nos últimos anos, destacando a crescente utilização de criptomoedas como método para evitar detecção.
A polícia de Delhi prendeu SK Masud Alam, suspeito de estar envolvido no ataque cibernético que roubou US$ 235 milhões da corretora indiana de criptomoedas WazirX. As acusações indicam que Alam criou uma conta falsa na plataforma WazirX, a qual foi vendida a um usuário do Telegram identificado como “M Hasan”. Este último utilizou a conta para acessar ilegalmente os sistemas da exchange, realizando o roubo.
O incidente, ocorrido em 18 de julho, envolveu um ataque a uma carteira multi-assinatura que exigia aprovação de seis partes, sendo cinco delas da WazirX e uma da Liminal Custody, empresa responsável pela segurança dos ativos digitais da exchange. O roubo resultou em uma perda de quase 45% dos ativos da plataforma.
As investigações também apontam a falta de colaboração da Liminal Custody, que, apesar das solicitações das autoridades, não forneceu informações cruciais para a resolução do caso, o que dificultou a identificação completa dos responsáveis pelo ataque.