A queda da FTX, mesmo após dois anos, ainda ecoa como uma das maiores crises já vistas no setor de criptomoedas. A condenação do ex-CEO Sam Bankman-Fried (SBF) marcou um ponto crítico, mas o impacto desse colapso ainda é sentido intensamente na indústria.
Um dos reflexos mais recentes dessa turbulência é a ação movida pela SEC contra a Galois Capital, uma empresa de consultoria focada em criptoativos. A SEC acusou a empresa de má gestão devido ao seu envolvimento com a FTX.
A SEC anunciou, em 3 de setembro, que a Galois Capital Management LLC, uma consultora de investimentos localizada na Flórida, concordou em pagar uma multa civil de $225.000 para resolver as acusações. Este montante será destinado aos investidores da empresa.
As acusações contra a Galois Capital estão relacionadas a violações do Investment Advisers Act de 1940, especialmente em relação à Regra de Custódia. Esta regra exige que os consultores de investimento garantam que os ativos dos clientes, incluindo criptoativos, sejam mantidos por custodians qualificados.
Desde julho de 2022, a SEC identificou que a Galois Capital falhou em cumprir esta exigência, mantendo os criptoativos de seus clientes em contas de negociação online, incluindo na FTX, que não é reconhecida pela SEC como uma custódia qualificada. O problema com essa prática só se tornou evidente após o colapso da FTX.
O colapso da FTX expôs fragilidades estruturais no mercado de criptomoedas, impactando diretamente a Galois Capital, que mantinha cerca de metade de seus ativos sob gestão na FTX. Quando a FTX entrou em colapso, aproximadamente $50 milhões em ativos da Galois Capital ficaram presos na plataforma, levando a empresa a encerrar suas atividades após um longo processo de falência.
Além da Galois Capital, outras empresas de destaque no setor cripto, como Genesis Trading, Galaxy Digital, CoinShares e BlockFi, também sofreram perdas significativas com a queda da FTX.