O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano.
A taxa anunciada nesta quarta-feira (26) é a mesma em vigor desde o início de agosto, sendo a terceira vez consecutiva em que o comitê se reúne e fixa a Selic em 13,75%.
Segundo o Copom, em comunicado emitido após a reunião, o conjunto dos indicadores nos últimos 45 dias sinalizou um ritmo mais moderado de crescimento da atividade econômica no Brasil.
De acordo com o comitê, apesar de quedas recentes em áreas específicas, a inflação ao consumidor continua elevada.
“O Comitê entende que essa decisão (de manter a Selic em 13,75%) é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e de 2024”, concluiu o Banco Central.
A alta da taxa de juros
A taxa de juros no Brasil tem subido desde março de 2021. Como o Copom se reúne a cada 45 dias, foram 12 elevações seguidas da Selic até agosto de 2022.
Durante o período, a taxa avançou 11,75 pontos percentuais, configurando o maior e mais longo ciclo de alta desde 1999, ou seja, em 23 anos.
Com a manutenção da taxa, a Selic permanece em seu maior patamar desde novembro de 2016, quando estava em 14% ao ano.
De acordo com o Banco Central, o objetivo do longo período de alta dos juros, foi conter as pressões econômicas decorrentes da pandemia da Covid.
A saber, a pandemia gerou interrupção na oferta de produtos e injetou recursos na economia, por meio de auxílios temporários para cidadãos e empresas, o que elevou os preços.
Além disso, outro motivo que justificou o ciclo de alta, foi o impacto na inflação causado pela guerra na Ucrânia, principalmente nos preços de combustíveis e alimentos.
Avaliação dos economistas
Segundo a avaliação de economistas, a taxa básica de juros deve continuar em 13,75% até junho de 2023. Na ocasião, ela recuará para 13,25% ao ano.
Ainda de acordo com os especialistas, para o fim do ano que vem a projeção é de juros em 11,25%.