Changpeng CZ Zhao, à frente da Binance, junto a três outros líderes de plataformas de criptomoedas, enfrenta sérias alegações no Brasil. O Congresso do país aponta que eles podem estar envolvidos em malversações no segmento financeiro, incluindo a promoção de títulos não sancionados.
Baseado nas conclusões de uma pesquisa oficial, Daniel Mangabeira, Guilherme Haddad Nazar, Thiago Carvalho e CZ são suspeitos de condutas questionáveis no setor. Estas vão desde má administração até operar sem as devidas licenças. Ricardo Silva, que preside a investigação, sugere que estas figuras poderiam ter estabelecido empresas sem um propósito comercial transparente, possivelmente para evitar responsabilidades legais.
Adicionalmente, a Binance, mesmo sendo uma plataforma internacionalmente reconhecida, está sob análise não apenas no Brasil. Silva ressaltou que as operações da empresa já eram vistas com ceticismo devido a suas práticas em outras regiões. Contudo, por enquanto, a Binance optou por manter suas operações no Brasil, apesar das recomendações do comitê não serem definitivas.
O foco da investigação brasileira sobre a Binance se aprofundará, examinando se houve envolvimento em práticas como lavagem de dinheiro ou evasão fiscal. Além disso, outros 45 indivíduos, ligados a diferentes organizações de criptomoedas, também estão na mira da comissão.
A supervisão das operações da Binance não termina no Brasil. Nos EUA, desde meados de 2023, a Binance tem estado sob a lente da Comissão de Valores Mobiliários (SEC) por diversas acusações. Recentemente, porém, a situação teve uma reviravolta. Um pedido da SEC para inspecionar o sistema da Binance.US foi negado por um juiz em setembro. Além disso, no mesmo mês, CZ tomou medidas legais, alegando que a agência pode ter ultrapassado seus limites.