Duas companhias chinesas estão demonstrando um interesse crescente pelo setor de criptomoedas, adotando estratégias financeiras voltadas para o Bitcoin. A iniciativa, por parte das empresas DDC Enterprise e Addentax, mostra como setores tradicionais começam a incorporar ativos digitais como parte central de seus planos corporativos.
A DDC Enterprise, que possui ações negociadas publicamente, revelou uma ambiciosa estratégia de crescimento voltada para 2025. Parte essencial dessa estratégia envolve a formação de uma reserva expressiva de Bitcoin, com a meta de acumular 5.000 BTC. A iniciativa é vista pela empresa como uma ferramenta de diversificação financeira e proteção patrimonial a longo prazo. Além disso, a DDC também anunciou a criação de uma joint venture localizada na China, que, segundo projeções, poderá render um lucro líquido anual de aproximadamente US$ 3 milhões.
Segundo os executivos da companhia, o investimento em Bitcoin representa uma maneira eficaz de aumentar o valor entregue aos acionistas. Para eles, o ativo digital funciona como um mecanismo de proteção contra oscilações econômicas e, ao mesmo tempo, oferece uma oportunidade estratégica de crescimento em um cenário global cada vez mais digitalizado.
Paralelamente, outra empresa chinesa também está fazendo movimentos significativos no universo cripto. A Addentax Group Corp, que está listada na bolsa americana NASDAQ sob o ticker ATXG, revelou sua intenção de adquirir até US$ 800 milhões em Bitcoin e outros criptoativos. Para levantar os recursos necessários, a empresa planeja emitir novas ações no mercado.
A Addentax atua nos segmentos de logística e vestuário, setores tradicionalmente distantes do mundo das finanças digitais. No entanto, sua aposta no mercado de criptoativos representa uma mudança de paradigma. A combinação de atividades industriais com investimentos em blockchain mostra como empresas fora do setor financeiro estão buscando integrar inovações tecnológicas em suas estratégias de capital.
Esse movimento duplo, de duas companhias chinesas listadas em bolsas internacionais, sinaliza uma possível tendência mais ampla: a incorporação do Bitcoin como um ativo estratégico por empresas globais, inclusive na China, apesar das regulações mais rígidas no país sobre criptomoedas.