A acirrada disputa entre o renomado artista digital Ryder Ripps e os proprietários da coleção Bored Ape Yacht Club NFT tomou um rumo inesperado. O juiz federal determinou na última segunda-feira (9) que os dois cofundadores da Yuga Labs, a empresa por trás do BAYC NFT, devem comparecer a depoimentos no tribunal.
Declarações controversas sobre a natureza supostamente racista, ocultista e satânica de Bored Apes NFT devem ser comentadas sob juramento por Wylie Oronow e Greg Solano.
A paródia de Bored Ape NFT
De fato, o ponto de virada nesta novela cripto aconteceu quando Ryder Ripps cunhou sua própria coleção Bored Apes NFT apenas para provar um ponto. Mais tarde rotulado de “troll demente” em um post de blog do co-fundador do Yuga Labs, Wylie Aronow, o Sr. Ripps criou versões satíricas de 10.000 BAYC NFTs.
Em resposta à sátira da coleção Bored Apes NFT, que rapidamente arrecadou US$ 35 milhões em vendas, a Yuga Labs entrou com um processo contra Ryder Ripps por violação de marca registrada. No entanto, muito do trabalho de Ryder Ripps gira em torno do princípio de que “um NFT não pode ser copiado”. Tokens não fungíveis, por definição, não podem ser replicados.
Além da decisão de segunda-feira, o juiz federal fez alguns comentários sobre as táticas evasivas do processo. Por exemplo, ele diz que os réus de Ripps queriam marcar depoimentos o mais rápido possível, mas a Yuga Labs não tentou impedir.
Como se isso não bastasse, o advogado Alfred Steiner também disse: “ninguém quer ser deposto”. Ele estava se referindo ao fato de que os executivos do Yuga Labs seriam questionados sobre a formação do BAYC e projetos relacionados.
De acordo com os documentos do tribunal, as imagens da coleção NFT de maior sucesso foram construídas com alusões neonazistas, racistas e satânicas. Para ilustrar, o logotipo do crânio do Bored Apes supostamente se assemelha ao símbolo nazista de Totenkopf.
Como esta questão será levantada em tribunal sob pena de perjúrio, o réu tem uma oportunidade única. Ele pode invadir o Yuga Labs e descobrir as verdadeiras origens dos famosos primatas digitais.
Fonte: Investing