A FTX, exchange de criptomoedas que colapsou em novembro de 2022, viu seu token nativo, o FTT, ultrapassar novamente a marca de US$1 bilhão em valor de mercado. Desde a implosão da empresa, a altcoin só havia brevemente ultrapassado esse patamar no final do ano passado, chegando a US$1,67 bilhão, antes de cair para menos de US$850 milhões.
O recente ressurgimento pode ser atribuído à valorização de 27% do token na última semana, atingindo US$3,12 no momento da escrita. Esse período coincide com uma alta geral do mercado de criptomoedas, impulsionada pela aprovação dos ETFs spot de Bitcoin nos Estados Unidos, levando os investidores a migrarem para altcoins.
Dados do CoinMarketCap mostram que grandes altcoins como Avalanche e Ethereum também se beneficiaram, registrando ganhos de dois dígitos.
Apesar da melhora no preço, o FTT ainda acumula uma queda de mais de 96% em relação ao seu recorde histórico de US$84, alcançado durante o bull market de setembro de 2021.
Clientes da FTX se opõem ao plano de falência
Enquanto o FTT se recupera, o processo de falência da FTX enfrenta um obstáculo: a objeção de diversos clientes ao plano de converter suas reivindicações de ativos digitais em dólares americanos.
Documentos judiciais revelam que empresas de criptomoedas importantes, como o fundo de hedge falido Three Arrows Capital, se manifestaram contra a proposta. Mais de 60 clientes globais da FTX também enviaram cartas ao tribunal expressando sua oposição.
Os opositores argumentam que a conversão em dólares privaria os credores dos ganhos substanciais que seus ativos digitais tiveram desde o pedido de falência da exchange. Sunil Kavuri, um dos principais credores da FTX, destacou em sua objeção que, caso o plano seja aprovado, ele e seus advogados “poderão iniciar um processo judicial para reivindicar direitos de propriedade sobre os ativos”.
Contudo, o Comitê Oficial de Credores Não Garantidos do processo de falência apoia a conversão em dólares, alegando que ela é a forma mais eficiente de agilizar o processo e concluir a reorganização da empresa sob o Capítulo 11 da lei de falências dos Estados Unidos.