O início do segundo semestre de 2025 traz expectativas renovadas para o mercado cripto, impulsionadas por uma combinação de fatores regulatórios e tecnológicos. O analista conhecido como Pentoshi, uma das vozes mais influentes do setor, prevê que julho será um mês decisivo para os ativos digitais. Para ele, este período marca o início de uma fase “jubilosa” para as altcoins, com eventos que podem transformar a estrutura do setor em escala global.
Em publicação recente na plataforma X, Pentoshi destacou a evolução das discussões regulatórias nos Estados Unidos como uma das principais razões para seu otimismo. Ele ressaltou o avanço de legislações sobre stablecoins e a crescente conexão das criptomoedas com as finanças tradicionais, incluindo bancos e consumidores. Segundo o analista, esses movimentos sinalizam que o mercado cripto tende a ganhar ainda mais relevância no cenário global.
E de fato, a próxima semana promete ser intensa: o Congresso norte-americano se prepara para debater três importantes projetos de lei que podem remodelar completamente a regulamentação do setor. Apelidada informalmente de “Crypto Week”, essa janela legislativa pode culminar na aprovação de propostas que trazem clareza jurídica e institucional para exchanges, emissores de stablecoins e projetos descentralizados.
Os projetos em pauta são o Financial Innovation and Technology for the 21st Century Act (FIT21), o Clarity for Payment Stablecoins Act e o Digital Commodity Exchange Act (DCEA). Juntos, eles representam um verdadeiro marco regulatório, ao estabelecer definições mais claras sobre quais ativos são commodities digitais e quais se enquadram como valores mobiliários, além de regular a atuação das corretoras e a emissão de stablecoins.
Se aprovados, esses projetos podem beneficiar diretamente tanto o Bitcoin quanto um conjunto seleto de altcoins. Entre os principais ganhadores potenciais, destacam-se o Bitcoin Hyper (HYPER), o Best Wallet Token (BEST) e o XRP, da Ripple.
Bitcoin Hyper (HYPER) desponta como promissor projeto de Camada 2
O HYPER, token nativo do Bitcoin Hyper, pode sair fortalecido nesse novo ambiente regulatório. A proposta desse projeto é ousada: trata-se da primeira solução de Camada 2 desenvolvida sobre a blockchain do Bitcoin utilizando a Solana Virtual Machine (SVM). A integração com a tecnologia da Solana garante à rede uma escalabilidade excepcional, com capacidade para processar mais de 60 mil transações por segundo.
O funcionamento do Bitcoin Hyper permite que usuários transfiram seus Bitcoins diretamente para essa L2, mantendo os ativos originais preservados e ganhando acesso a transações mais rápidas e praticamente sem taxas, mesmo em momentos de congestionamento da rede principal.
Além disso, o projeto vai além do simples escalonamento. Ele habilita o uso de ferramentas de finanças descentralizadas (DeFi) como staking e exchanges descentralizadas (DEXs), sem que os usuários percam a custódia de seus satoshis. Com essa proposta robusta, o HYPER vem atraindo atenção crescente dos investidores, e sua arrecadação tem mostrado ritmo acelerado — tendência que pode se intensificar com a aprovação do “pacotão cripto” no Congresso americano.
Best Wallet Token (BEST) e a valorização de carteiras seguras e multifuncionais
Outro destaque é o Best Wallet Token (BEST), ligado a um dos aplicativos de carteira digital mais bem avaliados da App Store. A Best Wallet se consolidou como referência entre as carteiras não custodiais, garantindo ao usuário total controle sobre suas chaves privadas e, consequentemente, maior segurança contra possíveis ataques.
Além da segurança, a Best Wallet oferece recursos avançados como suporte a mais de 60 altcoins e integração com pré-vendas promissoras. Seu token nativo, o BEST, é utilizado como instrumento de governança e também permite transações cross-chain, sem necessidade de intermediários centralizados.
A força da plataforma é confirmada pela arrecadação expressiva de sua pré-venda, que já se aproxima dos US$ 14 milhões. A alta demanda mostra que o mercado está atento ao potencial desse projeto, que pode se valorizar ainda mais caso o ambiente regulatório dos EUA se torne mais favorável.
Ripple (XRP) pode deixar limbo jurídico após cinco anos de disputa com a SEC
No caso da Ripple, emissora do XRP, os avanços legislativos representam mais do que uma oportunidade: tratam-se de uma possível libertação do impasse jurídico que se arrasta desde 2020. A disputa com a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) gira em torno da classificação do XRP como valor mobiliário — algo que a empresa sempre contestou.
Nesta semana, a SEC deu um sinal de mudança de postura ao aprovar um ETF que inclui o XRP, indicando uma flexibilização em sua tradicional linha dura. No entanto, o caso entre a Ripple e a autarquia ainda está em aberto. O FIT21, se aprovado, poderá ser um divisor de águas, ao propor critérios objetivos para a definição do que é um valor mobiliário.
Caso o projeto de lei enquadre o XRP como commodity digital, sob a alçada da Comissão de Negociação de Futuros e Commodities (CFTC), o token poderá ser listado novamente em exchanges dos EUA sem riscos regulatórios. Isso abriria espaço para um aumento significativo nos volumes de negociação, ampliando a liquidez e a visibilidade da criptomoeda no mercado norte-americano.