Cuba enfrentou uma série de eventos surpreendentes no mundo das criptomoedas ao lançar três memecoins em um período de 24 horas, apenas para ver todos os projetos “rugados” rapidamente. A primeira moeda, CUBA, baseada na blockchain Solana, alcançou um valor de mercado impressionante de 30 milhões de dólares antes de desaparecer. Em seguida, foram lançadas CUBA 2.0 e JUSTICE FOR CUBA, mas, em um padrão semelhante, as três moedas foram abandonadas pelos desenvolvedores e sofreram o que é conhecido como “rug pull”, onde a liquidez foi retirada e os valores despencaram. Esses lançamentos ocorreram através da plataforma Pump.fun, popular por criar e promover tokens meméticos.
O mistério por trás da origem e do gerenciamento desses tokens foi intensificado pela aparente exclusão dos posts que anunciavam as moedas do perfil oficial da “Cancillería de Cuba” no X (antigo Twitter). Isso levou muitos a especularem que a conta do Ministério das Relações Exteriores de Cuba havia sido hackeada, deixando o governo cubano em uma posição desconfortável, uma vez que os eventos sugeriam uma tentativa de manipulação do mercado de criptomoedas.
De acordo com Ash Crypto, um trader especializado em criptomoedas, as três moedas foram lançadas de forma sequencial: CUBA, CUBA 2.0 e JUSTICE FOR CUBA, com todas sendo abandonadas no mesmo curto espaço de tempo. O valor de mercado da primeira moeda, CUBA, chegou a 30 milhões de dólares antes de desabar, o que gerou uma enorme frustração entre os investidores. A plataforma Anti Rug Agent apontou que CUBA tinha um índice de segurança de apenas 41,56%, o que indicava um risco elevado para os investidores.
Esses eventos são particularmente notáveis, pois ocorreram em um contexto mais amplo de Cuba tentando se integrar ao mercado de criptomoedas. O país, que há anos busca alternativas ao sistema financeiro tradicional devido ao embargo dos Estados Unidos, estava avançando em regulamentações sobre criptomoedas, com o intuito de combater crimes financeiros como lavagem de dinheiro e fraude, ao mesmo tempo que buscava usar a tecnologia como uma solução para problemas econômicos internos. No entanto, a introdução de CUBA como o primeiro token nacional baseado em blockchain Solana teve um fim desastroso, destacando as dificuldades e os riscos associados a esse tipo de investimento.
Apesar do fracasso das moedas, a tentativa de Cuba de se posicionar no cenário global das criptos reflete um esforço significativo para modernizar a economia, embora o país ainda enfrente sérias limitações tecnológicas, como a falta de acesso à internet e a alfabetização digital entre seus cidadãos. A situação também ilustra como os projetos de memecoins, frequentemente impulsionados por tendências e especulação, podem ser altamente voláteis e enganosos, deixando muitos investidores prejudicados.
A falha dessa iniciativa cubana gerou um debate intenso dentro da comunidade cripto sobre a necessidade de maior regulamentação e supervisão para proteger os investidores, especialmente em um mercado de alto risco como o dos tokens meméticos. Os incidentes também chamaram atenção para o uso crescente de criptomoedas em Cuba, onde elas vêm sendo usadas para transações locais e envio de remessas, embora sua penetração ainda seja limitada pela infraestrutura tecnológica e pela educação financeira da população.
Por fim, o lançamento das moedas CUBA, CUBA 2.0 e JUSTICE FOR CUBA, embora mal sucedido, deixou um importante aprendizado para o setor de criptomoedas: a volatilidade do mercado e os riscos envolvidos em projetos sem uma regulação clara. O episódio demonstrou as complexidades de integrar uma tecnologia como as criptomoedas em um país com desafios econômicos e sociais, além de destacar os perigos da especulação em moedas que dependem mais do hype do que de fundamentos sólidos.