O crescente consumo elétrico dos chips de inteligência artificial (IA) está sendo destacado por vários especialistas. Brian Gitt, renomado no setor energético, fez uma observação reveladora na plataforma X: uma unidade de processamento gráfico (GPU) da Nvidia pode consumir eletricidade comparável a uma casa padrão nos EUA.
Um dos pontos alarmantes, conforme mencionado por Gitt a partir dos insights do especialista financeiro Duncan Simmons, é que as GPUs da Nvidia podem superar, em termos de consumo, todos os futuros aumentos de capacidade planejados para data centers nos EUA até a próxima década. Em números, estima-se que os data centers, em 2023, aumentarão o seu consumo em 50% em relação a 2020.
Essas discussões chamaram a atenção de Nic Carter, um influente comentarista, que ressaltou as semelhanças entre as atuais preocupações com a IA e as controvérsias anteriores relacionadas ao consumo elétrico na mineração de Bitcoin. A abordagem descentralizada da IA, que dificulta sua supervisão, é apontada por Carter como uma razão para esse escrutínio.
De fato, a mineração de Bitcoin já foi alvo de controvérsias por ser intensiva em energia. Um exemplo disso é a previsão feita pelo Fórum Econômico Mundial em 2017, que afirmava que o Bitcoin teria um consumo elétrico superior ao do mundo inteiro até 2020. Além disso, tecnologias disruptivas, como a própria internet, também foram alvo de críticas semelhantes em seus primórdios.
Nesse cenário, Duncan Simmons fez uma análise profunda sobre os desenvolvedores que migraram da mineração de Bitcoin para áreas como computação de alto desempenho e IA, especialmente após as oscilações no preço do BTC. Com base na experiência dos mineradores de Bitcoin em lidar com operações de grande escala, Simmons vê potencial para que eles desempenhem um papel significativo no universo da IA.