A estreia da plataforma Shibarium era altamente antecipada pela comunidade de criptomoedas. No entanto, o desenrolar do lançamento deixou muito a desejar. Enquanto Shibarium prometia reforçar a posição do Shiba Inu como uma moeda meme, a realidade foi marcada por problemas técnicos e quedas nos valores dos tokens associados.
Os problemas começaram com transações presas no Shibarium, gerando frustrações entre os usuários. A plataforma de segurança blockchain Beosin destacou que há cerca de US$ 1,7 milhões em fundos retidos na plataforma, uma preocupação também reforçada por PeckShied, que observou que 956 ETH estão imobilizados na ponte Shibarium.
Além dos problemas de transação, os usuários enfrentaram desafios com o sistema RPC. Algumas capturas de tela que circulam pela comunidade sugerem discussões entre os desenvolvedores sobre as dificuldades encontradas.
Um dos tópicos de debate foi a incapacidade de recuperar ativos ligados à rede Shibarium. Um usuário até comentou sobre um problema técnico com o scanner de blocos, tendo dificuldade em recuperar seu saldo através da consulta RPC.
ZachXBT, um conhecido detetive de criptomoedas, não poupou críticas, descrevendo o lançamento de Shibarium como descuidado. O monitoramento do blockchain de Shibarium revelou inatividade, com o último bloco adicionado horas atrás.
A repercussão dessas falhas foi sentida no mercado. SHIB, a famosa moeda meme, experimentou uma queda de quase 10%. Os tokens de governança do Shibarium, BONE e LEASH, viram seus valores despencar cerca de 15% e 24% respectivamente. O TREAT também não foi poupado, caindo mais de 22%.
Shibarium foi apresentado como uma inovação na Blockchain Futurist Conference em Toronto, Canadá. Seu principal objetivo, como definido por seus desenvolvedores, era otimizar transações na principal rede da Ethereum, tornando-as mais econômicas e eficientes.
Com isso em mente, os tokens SHIB, BONE, LEASH e TREAT foram criados para operar nessa rede. Enquanto BONE foi destinado a validar transações e cobrir taxas de gás, SHIB foi designado como token de governança da SHIB Doggy DAO. Esta organização, ainda em desenvolvimento, visa supervisionar o ecossistema Shiba Inu e conta com o apoio da consultoria de ativos digitais, Alpha Transform Holdings.
Apesar de seus objetivos ambiciosos, analistas questionam se o Shiba Inu não seria mais bem-sucedido mantendo sua identidade original de memecoin. Justin d’Anethan da Keyrock, uma empresa de criptomoedas, sugere que talvez a mudança para se tornar uma solução em um espaço já saturado de DeFi não fosse a estratégia mais adequada.
