O diretor executivo da Terraform Labs, Do Kwon, e o diretor financeiro, Han Chang-joon, negaram as acusações de tentativa de viajar com documentos de viagem falsos durante uma audiência judicial na última quinta-feira em Montenegro. Seus advogados solicitaram fiança, que o tribunal decidirá posteriormente, de acordo com um comunicado do Tribunal de Primeira Instância de Podgorica.
O tribunal local informou que essa proposta será avaliada dentro do período legal estabelecido. A próxima sessão do tribunal para tratar do caso dos dois sul-coreanos está agendada para 16 de junho.
No dia 23 de março, Kwon e Han foram detidos no aeroporto de Podgorica, em Montenegro. Em 21 de abril, o tribunal montenegrino anunciou o indiciamento de ambos.
O projeto de criptomoeda e stablecoin algorítmica da Terraform, chamado Terra-Luna, entrou em colapso em maio de 2022, resultando em perdas de mais de US$ 40 bilhões em capitalização de mercado. Kwon enfrenta acusações de fraude, violações da lei de valores mobiliários e diversas outras alegações relacionadas ao colapso, tanto nos EUA quanto na Coreia do Sul.
Dan Sung-han, líder da equipe conjunta de crimes financeiros do Distrito Sul de Seul, fez uma declaração ao The Wall Street Journal na semana passada. Ele sugeriu que, caso Kwon seja extraditado para a Coreia do Sul e condenado pelas acusações, poderá enfrentar mais de 40 anos de prisão.
Kwon, por sua vez, negou todas as acusações, alegando que, embora erros tenham sido cometidos no projeto Terra-Luna, gerido pela Terraform Labs, não houve intenção de enganar os investidores. Ele também afirmou que as acusações que enfrenta na Coreia do Sul são politicamente motivadas.
Ainda assim, em 25 de abril, promotores sul-coreanos acusaram Shin Hyun-seung, também conhecido como Daniel Shin, co-fundador da Terraform Labs, e outros nove associados da empresa. Eles são acusados de envolvimento na suposta fraude financeira que levou ao colapso do projeto Terra-Luna.
