A situação da Voyager Digital Holdings Inc., uma empresa de criptomoedas que se declarou falida, tornou-se ainda mais complicada após ter sido atingida por hackers durante seu período de reabertura de 30 dias. Esse período foi designado para permitir que os clientes retirassem os ativos remanescentes como parte de um processo de liquidação judicial.
Quase 80% dos ativos disponíveis, no valor de cerca de US$ 490 milhões, foram retirados pelos clientes. O advogado da empresa, Darren Azman, divulgou essas informações, incluindo a possível violação de segurança, durante uma audiência curta no tribunal.
Mas o ataque hacker não foi o único desafio enfrentado pelos clientes. Azman também revelou que golpistas estavam atacando os usuários da Voyager com um esquema engenhoso. Os fraudadores criavam um site falso, prometendo aos clientes pagamentos maiores caso vinculassem suas carteiras de moedas digitais não associadas à Voyager a uma nova conta. Após a criação da nova conta, as carteiras eram esvaziadas.
O juiz de falências dos Estados Unidos, Michael Wiles, expressou sua indignação com os eventos, lamentando a situação em que os clientes se encontraram. Apesar do número limitado de vítimas, as perdas foram significativas para aqueles que foram enganados.
A Voyager tem a distinção de ser a primeira em uma série de empresas de criptomoedas falidas a iniciar o processo de devolução de fundos aos credores e clientes. As investigações em torno do ataque cibernético continuam, e o caso foi reportado à aplicação da lei, bem como aos funcionários da falência que supervisionam a dissolução da empresa.