O Basel Medical Group (BMGL), empresa do setor de saúde com sede em Cingapura, anunciou um movimento ousado: pretende adquirir US$ 1 bilhão em Bitcoin como parte de uma estratégia para fortalecer sua estrutura financeira e impulsionar sua presença nos mercados asiáticos. A operação está sendo estruturada com um consórcio composto por investidores institucionais e indivíduos de alto patrimônio que atuam no setor cripto.
De acordo com Darren Chhoa, CEO do grupo, essa alocação em Bitcoin representará um marco para a empresa, conferindo-lhe uma “capacidade sem precedentes” de executar sua estratégia de crescimento na Ásia. Ele destacou ainda que essa injeção de capital poderá posicionar o BMGL entre os grupos de saúde com maior solidez financeira na região, abrindo espaço para fusões, aquisições e maior resistência frente a turbulências econômicas.
O modelo escolhido para a aquisição é um acordo de troca de ações com os investidores externos, o que significa que a compra não será feita com dinheiro em caixa. A empresa acredita que esse formato preserva a liquidez necessária para suas operações na área da saúde, além de oferecer maior eficiência de capital. A previsão é de que a transação seja concluída ainda neste trimestre, pendente de aprovações regulatórias e demais condições habituais.
A entrada no universo do Bitcoin também é vista pelo BMGL como uma forma de se proteger contra a volatilidade cambial e os riscos inflacionários, especialmente nos mercados emergentes onde pretende expandir sua atuação. A companhia também espera que a iniciativa atraia novas parcerias estratégicas, tanto no setor médico quanto no ecossistema de ativos digitais.
Apesar das intenções declaradas, o mercado reagiu de forma adversa. As ações da Basel registraram forte oscilação: chegaram a subir 68% no início do dia, alcançando US$ 3,41, mas caíram bruscamente para US$ 2,10, fechando em US$ 2,37 — queda de 9,89%. A reação contrasta com a valorização vista em outras empresas que anunciaram aquisições de Bitcoin, como Rumble, Metaplanet e Méliuz.
Mesmo assim, o BMGL reforça que sua estratégia não é especulativa, mas parte de uma reestruturação financeira robusta e alinhada a um plano de expansão sustentável.