No último dia, os ETFs de Bitcoin à vista dos EUA registraram uma entrada maciça de US$ 555,86 milhões, o maior volume desde 4 de junho. Esse aumento substancial nas movimentações coincide com o preço do Bitcoin atingindo um pico de US$ 66.435, antes de cair para US$ 65.687. A alta nas entradas nos ETFs reforça a ligação entre o aumento da demanda dos investidores e o desempenho da criptomoeda no mercado.
Entre os principais ETFs que lideraram essas entradas, destacam-se o FBTC da Fidelity, que atraiu US$ 239,25 milhões, e o BITB da Bitwise, que recebeu US$ 100,2 milhões. Além disso, o IBIT, gerido pela BlackRock, acrescentou US$ 79,51 milhões, enquanto o ARKB da Ark Invest acumulou US$ 69,79 milhões. O total de volume de negociação dos ETFs de Bitcoin nesse período chegou a US$ 2,61 bilhões, refletindo um forte interesse contínuo por parte dos investidores.
Outra movimentação notável foi a do GBTC, o fundo da Grayscale que acompanha o valor do Bitcoin, que registrou um acréscimo de US$ 37,77 milhões após 10 dias sem entradas. Mesmo fundos menores, como o HODL da VanEck, o EZBC da Franklin Templeton e o BTCO da Invesco, conseguiram captar US$ 24,6 milhões combinados. O que chama atenção é que, apesar da alta demanda e dos valores significativos sendo injetados, nenhum desses ETFs reportou saídas, demonstrando um suporte contínuo dos investidores ao setor.
O desempenho dos ETFs de Bitcoin também foi influenciado por fatores macroeconômicos globais. Nos EUA, a vice-presidente Kamala Harris anunciou um compromisso com o desenvolvimento de um quadro regulatório para criptomoedas, enquanto a China implementou novas medidas de estímulo econômico, fatores que contribuíram para o crescimento recente do preço do Bitcoin. A correlação entre a entrada de capital nos ETFs e a oscilação no valor da moeda digital mostra como esses fundos estão desempenhando um papel crucial no comportamento do mercado.
Olhando para o futuro, Larry Fink, CEO da BlackRock, fez uma previsão ousada sobre o potencial do Bitcoin. Ele acredita que a criptomoeda poderia crescer tanto quanto o mercado imobiliário dos EUA, que atualmente está avaliado em US$ 50 trilhões e pode alcançar US$ 100 trilhões até 2040. De acordo com Fink, o Bitcoin, com uma capitalização de mercado de US$ 1,3 trilhão e um preço atual de cerca de US$ 28 mil, poderia, eventualmente, chegar a valer US$ 5 milhões por unidade, considerando seu potencial de crescimento a longo prazo.