Nos últimos dias, houve uma movimentação significativa de Bitcoins apreendidos pelo governo dos Estados Unidos. Mais de US$ 2 bilhões em BTC, ligados ao famoso mercado da dark web Silk Road, foram transferidos para uma nova carteira, cuja identidade ainda não foi revelada. Esse evento chamou a atenção especialmente por coincidir com as recentes declarações do ex-presidente Donald Trump.
Trump, que está concorrendo à presidência pelo partido republicano, fez um discurso na conferência Bitcoin 2024 em Nashville, onde prometeu criar uma “reserva estratégica nacional de Bitcoin” caso seja eleito. Ele garantiu que, sob sua administração, o governo não venderia mais Bitcoins apreendidos, mantendo-os em caixa.
A transferência atual não é um evento isolado. Na terça-feira, 23 de julho, o governo já havia movido US$ 4 milhões em Bitcoin também relacionados ao Silk Road. Naquela ocasião, como agora, não ficou claro se a intenção era vender os Bitcoins ou apenas transferi-los para outra carteira por razões administrativas.
Esses Bitcoins foram inicialmente confiscados de Ryan Farace, um indivíduo condenado em 2018 por vender pílulas de Xanax em mercados da dark web, incluindo o Silk Road, sob o nome de Xanaxman. Na época, apenas 24 BTC foram recuperados, pois Farace alegou não ter acesso aos demais fundos que o governo dizia que ele havia ganho através de suas atividades ilegais.
A situação se complicou enquanto Farace cumpria sua pena de prisão. Ele foi indiciado e posteriormente condenado por ter instruído seu pai, Joseph Farace, a transferir 2.874 bitcoins para um terceiro, com o objetivo de retirar os fundos dos Estados Unidos. Joseph Farace também foi condenado por sua participação nesse esquema.
Ainda resta saber quais serão os próximos passos do governo em relação aos Bitcoins recentemente transferidos e se isso de alguma forma se alinha ou contraria as promessas feitas por Donald Trump.
