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Ex-CEO da SafeMoon é condenado por fraude milionária com criptomoedas

Ex-CEO da SafeMoon é condenado por fraude milionária com criptomoedas

Braden John Karony, antigo CEO da criptomoeda SafeMoon, foi declarado culpado por uma série de crimes financeiros envolvendo fraude com ativos digitais. A decisão foi tomada por um júri federal no dia 21 de maio, após quase duas semanas de julgamento em um tribunal do Brooklyn.

A condenação inclui conspiração para cometer fraude de valores mobiliários, fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. As autoridades apontaram que Karony, junto de cúmplices, enganou os investidores ao prometer segurança e descentralização financeira, enquanto desviava grandes quantias para fins pessoais.

O plano fraudulento teve início em março de 2021, quando Karony e seus parceiros lançaram o token SafeMoon. A proposta apresentada ao público prometia uma estrutura de liquidez automática e segura, com uma taxa de 10% sobre todas as transações. Essa taxa, segundo eles, seria usada para beneficiar os próprios investidores e fortalecer o sistema de liquidez, mantendo os fundos bloqueados.

Contudo, investigações revelaram que Karony tinha controle total sobre essas reservas de liquidez, que deveriam estar inacessíveis. Na prática, ele manipulava esses fundos, transferindo milhões de dólares para contas pessoais e usando os valores para adquirir bens de alto padrão.

Entre os bens comprados com os recursos desviados estão uma residência de US$ 2,2 milhões em Utah, imóveis em Kansas, dois veículos Audi R8, um Tesla, além de caminhonetes personalizadas. O júri determinou também o confisco de cerca de US$ 2 milhões em imóveis ligados ao esquema. A sentença de Karony será anunciada ainda este ano, e ele pode enfrentar até 45 anos de prisão.

De acordo com o promotor federal Joseph Nocella, Karony não criou um produto financeiro seguro, como alegava. “Ele construiu um canal para roubo, esvaziando os recursos dos investidores para financiar um estilo de vida luxuoso”, declarou.

As agências envolvidas na investigação, incluindo IRS-Criminal Investigation (IRS-CI), FBI e Homeland Security Investigations (HSI), seguiram um rastro digital complexo, que envolvia carteiras de criptomoedas sob pseudônimos e contas em corretoras centralizadas. A investigação também contou com a colaboração internacional de autoridades da Austrália, Canadá, Reino Unido e Países Baixos.

Segundo o agente especial Harry T. Chavis Jr., do IRS-CI, o objetivo de Karony nunca foi proteger investidores, mas sim enganá-los. “Enquanto afirmava defender a comunidade cripto, ele enchia sua garagem com carros esportivos adquiridos com dinheiro roubado. Seguimos os rastros das transações e expusemos o verdadeiro propósito de sua atuação: puro roubo”, afirmou.

Além disso, foi revelado que Karony ocultou negociações pessoais com o token SafeMoon, especialmente durante períodos de alta valorização. Com isso, obteve lucros adicionais enquanto garantia publicamente que os gestores do projeto não estavam manipulando o mercado.

O caso também envolve outros dois indivíduos: Thomas Smith, que já se declarou culpado e aguarda sentença, e Kyle Nagy, que continua foragido.

Desde a revelação do escândalo, a comunidade que se formou em torno da SafeMoon assumiu o controle do projeto. Atualmente, o token foi reformulado e rebatizado como uma memecoin, buscando se desvincular do passado fraudulento.

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