Apesar de ter retirado seu pedido para anular uma confissão de culpa, Ryan Salame, ex-co-CEO da FTX Digital Markets, foi convocado por um juiz federal para comparecer a uma audiência. No dia 29 de agosto, o juiz Lewis Kaplan, do Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, determinou que Salame deveria se apresentar em 12 de setembro, como parte das condições de sua liberação sob fiança. Salame deveria começar a cumprir uma pena de 90 meses de prisão em 29 de agosto, mas conseguiu um adiamento para 13 de outubro, após alegar complicações médicas decorrentes de uma mordida de cachorro.
Em 21 de agosto, os advogados do ex-executivo da FTX entraram com uma petição para que a corte anulasse sua confissão de culpa, sob a alegação de que as autoridades haviam concordado em não investigar sua parceira, Michelle Bond. Contudo, após os promotores revelarem uma acusação contra Bond por violações das leis de financiamento de campanhas em 22 de agosto, Salame retirou sua petição, permitindo que uma decisão sobre o caso fosse tomada no processo dela.
Apesar da retirada da petição, o juiz Kaplan afirmou que as partes envolvidas deveriam continuar com os procedimentos conforme estabelecido na ordem judicial de 21 de agosto. Ele enfatizou que o ex-executivo da FTX deveria comparecer à audiência marcada para 12 de setembro e que o cumprimento dessa exigência era uma condição para sua permanência em liberdade sob fiança enquanto aguardava a rendição voluntária.
Os promotores ainda não responderam ao pedido de Salame para retirar a petição, mas, em resposta ao pedido inicial, chamaram as alegações de Salame de “demonstravelmente falsas”, especialmente no que se refere à afirmação de que as autoridades não investigariam Bond.