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Exchanges de criptomoedas comentam o que esperar para o halving do Bitcoin

Exchanges de criptomoedas comentam o que esperar para o halving do Bitcoin

O mercado de criptomoedas está de olho em um dos maiores eventos da indústria blockchain, o halving do Bitcoin.

Embora a criptomoeda primária não esteja disparando em relação aos seus preços nos dias pré-halving, as expectativas para longo prazo são altas. Afinal, a demanda pelo BTC está maior do que nunca, principalmente como resultado dos ETFs spot de Bitcoin.

Os investidores institucionais estão se expondo à cripto de forma regular, fazendo com que gestoras de ativos como BlackRock e Fidelity comprem mais BTC do que a quantidade emitida diariamente pelos mineradores.

Além disso, a abundância de Bitcoin disponível nas exchanges caiu para abaixo de 2 milhões de unidades. Com menos BTCs sendo minerados após o halving, o choque de oferta e demanda é certo.

Com esse cenário em mente, o Bolha Crypto convidou as exchanges de criptomoedas Brasil Bitcoin, Foxbit e Ripio para comentar o evento e trazer suas perspectivas sobre o mesmo.

Brasil Bitcoin: investidores institucionais serão os protagonistas desse ciclo

Gabriel Broetto, gerente comercial da Brasil Bitcoin, está presente no mercado cripto há mais de quatro anos e trabalha na exchange de criptomoedas com clientes empresariais e institucionais há mais de um ano.

De acordo com Broetto, nunca houve no setor comercial da Brasil Bitcoin uma procura tão grande pelos serviços oferecidos pela plataforma cripto.

“Nós vemos que o cliente empresarial e institucional está buscando cada vez mais entrar no mercado de criptomoedas para reduzir o seu custo, aumentar a sua margem e agilizar suas operações. O mercado cripto proporciona tudo isso, além de oferecer uma maior proteção para o seu dinheiro, pois você está exposto a moedas que têm uma emissão controlada, como é o caso do Bitcoin, e que a quantidade de moedas emitidas vai diminuindo, e isso vai acontecer neste halving”.

Conforme destacado por Broetto, o interesse institucional no BTC está tão grande que, com a chegada dos ETFs spot, o bitcoin ultrapassou sua alta histórica pela primeira vez desde 2012, antes do halving.

Nesse sentido, o gerente comercial acredita que o varejo não será protagonista neste ciclo do BTC.

“Quem será protagonista serão os institucionais; o varejo conseguirá surfar esta onda de prosperidade no mercado, esta alta que o Bitcoin tende a ter cada vez mais, acima dos US$100 mil, o Ethereum também superando sua antiga máxima e outras altcoins também, por consequência. Então, o varejo apenas surfará uma alta que será impulsionada pelo institucional”.

Além disso, Broetto destacou como é difícil para um investidor varejo hoje em dia conseguir comprar um bitcoin, tendo em vista que o preço da criptomoeda, no momento da escrita do artigo, ultrapassa a marca de US$60.000. Com o BTC acima dessa cifra, a corrida fica muito mais fácil para empresas e governos adquirirem a criptomoeda primária.

O representante da Brasil Bitcoin enxerga o BTC como uma forte “arma” para influência futura, pois vê no futuro da criptomoeda o ativo que hoje é o dólar, balisando o preço das outras moedas.

“Ele é o ativo mais seguro do planeta e tem uma escassez, uma emissão extremamente controlada, então, você tem uma previsibilidade. Isso tende a levar o Bitcoin a ser, sim, o balisador das outras moedas. E nós também tendemos a ver o Bitcoin, no futuro, superando o ouro, tornando-se o maior ativo do mundo”.

Para quem duvida dessa previsão, Broetto lembra que o Bitcoin já superou a prata e outras grandes empresas.

“O Bitcoin hoje é um dos dez principais ativos e tende a se tornar um dos cinco principais a partir deste ciclo e, quem sabe, em talvez uns 3 ou 4 ciclos, se tornar o maior ativo do planeta, superando o ouro. Então, é nisso que eu acredito”.

Foxbit: prever a intensidade de preços é algo complexo

Beto Fernandes, analista da Foxbit, destacou que embora o halving traga bastante especulação para o mercado de criptomoedas, esse movimento dos investidores não representa o evento. Dessa forma, quando esse lado especulativo do mercado financeiro é deixado de lado, resta o fato em si: a redução da emissão de Bitcoin.

“Com isso, podemos entender que o choque entre oferta e demanda é algo praticamente inevitável no médio e longo prazos, considerando que nenhum evento global mais drástico aconteça até lá e observando os fluxos de capitais entrando constantemente não só por dados on-chain, mas também pelos ETFs”.

Assim, Fernandes aponta que entende que a perspectiva de aumento de preços do BTC depois do halving é muito possível, até porque está embasada na realidade de eventos passados.

“Mesmo que não possam ser usadas como garantias, os ETFs nos Estados Unidos e agora em Hong Kong sugerem que a demanda pela criptomoeda não deve ser reduzida”.

No entanto, o analista ressalta que prever a intensidade de preços é algo complexo, pois a máxima histórica do Bitcoin foi alcançada antes do halving, algo até então inédito para a criptomoeda, com exceção do primeiro halving, em 2012, mas em um cenário de mercado completamente diferente do atual.

“Ao olhar para o comportamento do BTC ao longo desses anos, vemos que, em comum, há uma valorização bastante expressiva dentro de cada um de seus ciclos: cerca de +11.200% (2012); 3.140% (2016); e 750% (2020)”.

Fernandes apontou que em uma leitura mais conservadora, podemos ver que há uma queda de cerca de 70% a 80% sobre a intensidade de valorização entre os halvings. Sendo assim, em uma tentativa apenas matemática e sem qualquer fundamento de ETFs, macroeconomia, conflitos, entre outros, é possível sugerir que o Bitcoin possa saltar cerca de 187% de seu preço mínimo no mês de abril até seu topo, no final do ciclo.

“Desta forma, estamos apontando para um BTC indo de US$61 mil para US$180 mil”.

Ao falar sobre o modelo Stock-to-Flow, o analista destaca:

“Se apoiando na quantidade de criptomoedas mineradas e seu preço durante os halvings, o modelo sugere que a valorização deste halving poderia levar o BTC para além dos US$440 mil até o primeiro semestre de 2025”.

Fernandes finaliza apontando que a diferença projetiva é bastante intensa entre as duas perspectivas, indicando o quanto esta previsão é difícil.

“Por isso, quando falamos de halving, o ideal é sempre se atentar ao fato em si e buscar análises e informações que possam guiar suas ações dentro dos objetivos de cada um com a criptomoeda”.

Ripio: será um evento que moldará uma temporada muito forte para cripto

Sebastián Serrano, CEO e cofundador da Ripio, está muito confiante no terceiro halving que a empresa irá presenciar.

“Desta vez, nos preparamos com um tempo e uma estratégia diferentes: por causa dessa experiência, vimos o “inverno cripto” de 2021/2022 chegando e nos preparamos para que ele não fosse tão rigoroso para nós”.

Serrano alega que esse preparo permitiu à empresa se posicionar e estabelecer as bases para poder responder e acompanhar a reação que ocorreu em 2023 e o boom do início de 2024, com a aprovação dos ETFs spot de Bitcoin nos Estados Unidos e, claro, o quarto halving.

“Em termos de expectativas, acho que será um evento que moldará uma temporada muito forte para cripto. Nos ciclos anteriores, a demanda só começou a ser ativada meses após o halving. Agora estamos vendo uma atividade intensa desde o início de 2023. A demanda que se poderia associar à espera do halving foi antecipada e, já com a entrada dos ETFs, tudo escalou para níveis surpreendentemente altos devido à velocidade”.

O cofundador da Ripio lembrou que, há algumas semanas, o BTC conseguiu atingir uma nova máxima histórica (ATH) de mais de U$73 mil e com um aumento de mais de 90% no valor do preço mínimo para o preço máximo registrado entre janeiro e março deste ano.

“Isso, em certo ponto, também sugere que poderia ser um ciclo talvez mais curto, com uma grande intensidade. Já outros analistas mantêm a ideia de que será um superciclo de demanda, mas ousam propô-lo como um ciclo que durará muito tempo, meses e meses, a ponto de sugerirem que talvez tenhamos que medi-lo em anos”.

Compartilhando da mesma visão dos analistas da Brasil Bitcoin e da Foxbit, Serrano aponta que os ETFs estão atraindo muito capital e muita demanda, e que o halving vai trazer um enorme choque de oferta, porque a emissão vai ser reduzida pela metade.

“É uma combinação impressionante e, na verdade, acho que o preço ainda não está demonstrando esse cenário apesar de há semanas o BTC estar acima dos US$60 mil. Este é um ótimo momento para o setor cripto, um terreno fértil para grandes oportunidades”.

Hoje, os ETFs spot de BTC, alguns meses após terem sido aprovados, demandam mais de 13 vezes a quantidade de novos bitcoins gerados pela mineração por dia.

“Esse é um fluxo impressionante de demanda que será atendido em poucos dias com um choque de oferta: o halving reduzirá drasticamente a produção diária de Bitcoins. Com o mesmo esforço e tempo necessários para minerar, os incentivos após 19 de abril (a data estimada do quarto halving do Bitcoin) serão nominalmente a metade do que são agora: de 6,25 BTC para 3,125 BTC”.

O CEO disse que o renascimento progressivo de 2023 que fez o BTC subir mais de 150%, lançou as bases para esse recente aumento de cerca de 90% que vimos apenas neste primeiro trimestre que acabamos de fechar, onde também tivemos novos máximos históricos de mais de US$73.000 por unidade em 14/03.

“Todo o contexto do início do ano com o BTC, sem dúvida, atrairá ondas de novos usuários (empresas e pessoas físicas) nos próximos meses, pois com o aumento da inflação em todo o mundo e políticas monetárias restritivas que isolam as pessoas em determinados países, as cripto não aparecem mais apenas como uma alternativa ou uma possível solução, mas como uma ferramenta necessária para a liberdade financeira”.

Serrano conclui afirmando que com especulações sugerindo que o BTC poderia chegar a US$150.000 até o final do ano e a US$1,5 milhão até o final da década, a perspectiva para a principal criptomoeda parece extraordinariamente promissora. Há até mesmo uma estimativa da Fidelity de que o Bitcoin poderia valer US$1 bilhão em cerca de 15 anos.

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