Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó do Bitcoin” é alvo de uma investigação parlamentar significativa que agora envolve também sua esposa, Mirelis Yoseline Diaz Zerpa, e sua empresa, GAS Consultoria. Acusados de crimes financeiros, eles enfrentam a iminente quebra de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico pela CPI das Pirâmides Financeiras. O processo é dirigido pelo deputado federal Aureo Ribeiro (SOL/RJ), que lidera a comissão.
A situação se agravou após uma audiência tensa da CPI, na qual Glaidson, respondendo a 13 ações penais, confrontou parlamentares via videoconferência. O acusado foi comparado a Bernie Madoff, o infame fraudador financeiro, e seu comportamento exacerbou as tensões entre ele e os deputados, destacando-se um embate com Zé Haroldo Cathedral (PSD/RR).
A investigação não se limita a questões financeiras. Além de liderar uma organização acusada de monitorar e eliminar rivais no mercado de ativos digitais, o “Faraó do Bitcoin” também está sob investigação por uma pirâmide financeira que afetou mais de 89 mil investidores, conforme dados do Tribunal da Justiça do Rio de Janeiro.
A Agência Câmara de Notícias esclareceu que, embora as CPIs não processem ou julguem os acusados, elas têm autoridade para quebrar sigilos, similar aos poderes de uma autoridade judicial. Isso significa que a votação agendada para quarta-feira (2) poderá abrir caminho para uma investigação mais profunda dos negócios da GAS Consultoria, suas práticas e a extensão de suas operações ilegais.
Esta situação é um marco na função de supervisão do Parlamento, evidenciando o papel vital das comissões parlamentares de inquérito na proteção dos interesses dos cidadãos. No caso da GAS Consultoria, as acusações vão além de fraudes financeiras, envolvendo ações violentas que aumentam a gravidade do caso. A quebra dos sigilos pode revelar mais detalhes sobre a operação da empresa e a conduta dos acusados, contribuindo para o processo legal em andamento e o entendimento do público sobre este caso complexo e multifacetado.
