FTX, a exchange que atravessa uma série de processos legais, acaba de intensificar sua batalha contra a Binance e seu ex-CEO, Changpeng Zhao (CZ), buscando recuperar bilhões de dólares.
A disputa entre as duas empresas, que já dura anos, entrou em uma nova fase com a FTX movendo uma ação judicial para tentar reaver US$ 1,76 bilhão, conforme revela um processo recente.
A origem dessa nova contenda remonta a um episódio ocorrido há mais de três anos, quando a Binance, junto com alguns de seus executivos, adquiriu uma parte significativa da FTX. No entanto, em julho de 2021, a Binance vendeu quase todas as suas ações na exchange, embolsando aproximadamente US$ 2,1 bilhões.
O problema, segundo o processo, é que a FTX afirma que os recursos usados nessa transação foram obtidos de forma “secreta e ilegal”, a partir de depósitos de clientes, o que seria impossível dado o estado financeiro precário da empresa na época.
Além disso, a FTX argumenta que tanto a própria exchange quanto sua irmã, Alameda Research, já estavam insolventes desde o início ou, pelo menos, de forma irremediável a partir de 2021, o que enfraquece ainda mais a legitimidade do acordo com a Binance.
Contudo, a venda das ações não é o único ponto questionado. A FTX ainda acusa Changpeng Zhao de ter desempenhado um papel crucial na queda da exchange.
Segundo a nova ação, após vender suas participações, Zhao teria adotado medidas deliberadas para destruir a FTX. A exchange alega que, reconhecendo a FTX como uma ameaça ao seu domínio no mercado, Zhao teria publicado uma série de tweets fraudulentos e enganosos, com o objetivo claro de prejudicar sua concorrente.
Esses tweets supostamente incitaram uma série de retiradas de fundos dos usuários da FTX, o que culminou no colapso da plataforma. Agora, a FTX busca responsabilizar tanto a Binance quanto o ex-CEO, exigindo reparação pelos danos causados e a recuperação dos fundos perdidos para compensar seus credores.