No evento White House Crypto Summit, realizado para discutir a regulamentação de ativos digitais e blockchain, houve uma aparição inesperada: o troféu da Copa do Mundo da FIFA, que atraiu olhares e gerou comentários curiosos sobre a relação entre o esporte e o mercado cripto.
Durante o evento, o presidente Donald Trump fez uma declaração que chamou a atenção do público. Ele sugeriu que poderia surgir uma “FIFA Coin”, destacando a possibilidade de um criptomoeda ligada à FIFA. “Pode ser uma moeda bastante interessante”, comentou Trump, seguido de uma risada e afirmando que “essa moeda poderia ser mais do que a própria FIFA”. Sua fala rapidamente alimentou especulações no universo cripto sobre a criação de uma moeda digital relacionada ao evento esportivo.
A Copa do Mundo de 2026 será realizada em conjunto por três países: Canadá, México e Estados Unidos, sendo a primeira vez que o torneio terá três anfitriões. Com uma nova estrutura, o campeonato contará com 48 seleções e 104 jogos, tornando-se a maior edição da história da Copa.
A fala de Trump teve um impacto imediato no mercado cripto. O preço de uma moeda digital chamada FIFA COIN (FIFA) disparou 142.000%, alcançando uma capitalização de mercado de cerca de $3 milhões. Negociada em plataformas descentralizadas como Uniswap, a FIFA COIN viu um aumento significativo no volume de transações, com uma negociação de 24 horas de $0.65 e o preço atingindo $0.0645. Vale ressaltar, no entanto, que a FIFA COIN não tem nenhuma relação oficial com a FIFA ou com a Copa do Mundo de 2026.
Apesar do entusiasmo gerado pela fala de Trump, especialistas alertam para os riscos. Moedas digitais do tipo “meme”, como a FIFA COIN, frequentemente surgem em resposta a grandes eventos públicos ou declarações de figuras influentes. Investidores devem ter cautela e realizar uma análise criteriosa antes de se envolver com projetos desse tipo, já que em situações anteriores, muitos acabaram enfrentando grandes perdas financeiras.
O encontro na Casa Branca também contou com a presença de nomes importantes do setor cripto, como o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, o presidente da MicroStrategy, Michael Saylor, e o CEO da Kraken, Arjun Sethi. Durante o evento, Trump reafirmou seu compromisso com a liderança dos Estados Unidos no mercado de criptomoedas, posicionando seu governo como favorável aos ativos digitais.
O Secretário do Tesouro, Scott Besant, abordou as preocupações sobre a regulação das criptos, afirmando que o governo dos EUA trabalhará de perto com o IRS para desenvolver políticas fiscais e regulamentos específicos para stablecoins. “Podem contar conosco para trabalhar com o IRS, e daremos muita atenção ao regime das stablecoins”, disse Besant.
David Sacks, um dos principais assessores de Trump em questões relacionadas ao mercado cripto, agradeceu ao presidente pela defesa da indústria, ressaltando que o setor tem enfrentado ataques. “Trump está lutando pelo que é certo”, disse Sacks, fazendo referência à luta pela liberdade financeira e pela inovação descentralizada.
No entanto, a maior polêmica do evento foi a confirmação de Trump de que seu governo não venderá mais Bitcoins confiscados. Em vez disso, ele planeja manter esses ativos como parte de uma reserva estratégica de Bitcoin. Trump também criticou as políticas de cripto do governo Biden, mencionando que “muitas pessoas sofreram” sob a operação Chokepoint 2.0, e acusou os democratas de amenizarem sua postura em relação ao mercado cripto para conquistar votos.