O cenário atual do Ethereum como uma rede Layer 1 (L1) está enfrentando dificuldades devido à recente queda nas taxas de transação, o que afetou diretamente os ganhos dos validadores e reduziu o retorno gerado pelas atividades na rede. Esse declínio nas taxas, que já foi uma das principais fontes de receita do Ethereum, supera a de concorrentes como TRON, resultando em uma diminuição de 11% na renda de staking no último mês.
Atualmente, o retorno para validadores caiu para 2,05%, um valor bem inferior ao esperado anteriormente. Para um validador que opera um único nó com 32 ETH, o rendimento diário gira em torno de US$ 8, com riscos significativos de volatilidade e retorno potencialmente insuficiente para justificar o investimento inicial.
Diante desse cenário desafiador, os validadores do Ethereum começaram a adotar o Maximum Extractable Value (MEV) como uma estratégia para aumentar seus rendimentos. O MEV permite que os validadores ordenem as transações dentro de um bloco de modo a maximizar a receita proveniente das taxas de gas e pagamentos prioritários. Essa estratégia pode elevar o rendimento para até 2,89%, em comparação com o rendimento base de apenas 0,29% quando o MEV é excluído.
Apesar da queda na receita direta, o Ethereum continua sendo fundamental para redes de rollup como Arbitrum, Optimism e Base. Essas redes dependem do ETH para garantir a segurança das atividades em suas camadas 2, mesmo que as taxas diretas já não sejam a principal fonte de renda. Além disso, o Ethereum ainda mantém um número significativo de carteiras ativas diariamente e continua sendo relevante no ecossistema blockchain, especialmente para ativos como o USDT, que ainda são mais amplamente aceitos em sua versão baseada em ETH.