Durante o processo de falência da corretora FTX, as empresas de consultoria e os escritórios de advocacia envolvidos cobraram da instituição falida um valor total superior a US$ 145 milhões ao longo de cinco meses, segundo documentos judiciais.
As empresas participantes no processo incluem escritórios de advocacia renomados, como Sullivan & Cromwell, Landis Rath & Cobb e Quinn Emanuel Urquhart & Sullivan, bem como empresas de consultoria de gestão, como Alvarez & Marsal North America e AlixPartners.
A Sullivan & Cromwell (S&C) apresentou a maior cobrança entre as empresas envolvidas, totalizando aproximadamente US$ 70 milhões pelos serviços prestados em cinco meses. A empresa descreveu seu trabalho como complexo e multidisciplinar, e em todas as cobranças, sustentou que 80% dos valores eram justos e necessários.
A S&C ainda mencionou ter incorrido em despesas adicionais de cerca de US$ 450.000. Vale ressaltar que a nomeação da S&C como consultora da FTX foi marcada por polêmicas, com questionamentos sobre seu relacionamento com a corretora falida.
Outra empresa envolvida no processo, a consultora financeira Alvarez & Marsal, cobrou mais de US$ 50 milhões pelos serviços prestados entre novembro de 2022 e março de 2023. A empresa também alegou que 80% das cobranças eram justas e necessárias, e informou despesas adicionais de US$ 1,4 milhão.
Além das empresas mencionadas, outros escritórios de advocacia e consultorias cobraram cerca de US$ 21 milhões no total pelos serviços prestados à FTX. Especificamente, a Landis Rath & Cobb faturou US$ 3,04 milhões, enquanto a Quinn Emanuel Urquhart & Sullivan cobrou US$ 8,95 milhões pelos cinco meses de serviço. A empresa de consultoria de gestão AlixPartners, por sua vez, cobrou US$ 10,6 milhões.
O CEO da FTX, John Ray, defendeu a contratação dos escritórios de advocacia, argumentando que seus serviços eram essenciais para proteger os interesses da FTX e das partes interessadas.