As recentes declarações de Gary Wang, cofundador da FTX, colocaram em dúvida a transparência da empresa em relação aos seus fundos de seguros. Wang reconheceu que os valores compartilhados com o público sobre o fundo não eram precisos.
Em uma observação curiosa, a BitMEX Research, ao se manifestar na plataforma X, sugeriu que um gerador de números aleatórios (RNG) poderia ter sido empregado para determinar o saldo do fundo de seguros da FTX. Os RNGs são comumente usados em ambientes de jogos ou em contextos que necessitam de resultados imprevisíveis, mas sua aplicação em demonstrações financeiras é, sem dúvida, imprópria.
Diante de questionamentos do juiz Lewis Kaplan, Wang admitiu as discrepâncias e explicou que os números divulgados ao público passavam por um cálculo peculiar, envolvendo multiplicação e divisão, para alcançar o valor final apresentado. Essencialmente, essa metodologia envolvia manipulações numéricas que distorciam a realidade dos registros internos da empresa.
Além disso, surgiram alegações de que a Alameda Research, parceira da FTX, tinha capacidade de acessar uma vasta quantidade de recursos da plataforma.
O cenário complica ainda mais a situação de Sam Bankman-Fried (SBF), que está enfrentando um julgamento que teve início em outubro e deve se estender até novembro.