O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, expressou preocupação com a lentidão da agenda de inovação da instituição devido à falta de investimento, o que pode impactar as operações do Pix.
Campos Neto destacou a redução progressiva do orçamento de investimento do Banco Central nos últimos anos, chegando a apenas R$15 milhões este ano, um quinto do valor de cinco anos atrás. Ele questionou como seria possível manter o funcionamento do Pix diante dessas restrições orçamentárias.
Além disso, o presidente do BC comentou sobre a necessidade de modernização, citando que a PEC 65 busca alinhar o Banco Central com os padrões internacionais, onde a maioria dos bancos centrais possui autonomia financeira e administrativa.
Sobre as paralisações e ajustes salariais dos funcionários do BC, Campos Neto enfatizou que isso também afeta a implementação de novas soluções, como recursos extras do Pix e o Drex, a versão digital do Real.
O economista também observou que o sistema alcançou uma grande adoção em um curto período, com mais de 201 milhões de transações em um único dia na semana passada.
Por fim, Campos Neto mencionou a possibilidade de um marketplace de finanças no futuro, onde diversos serviços estariam disponíveis em um único aplicativo, enfatizando a importância da experiência do usuário e da portabilidade em tempo real proporcionadas pelo Open Finance.